AMAZÔNIA - Ativistas alertam que sítios pré-coloniais do Brasil estão em risco

Proposta dispensa atividades econômicas de obter licenciamento ambiental (Foto: Pixabay)

Arqueólogos brasileiros se juntaram a ativistas ambientais e pró-direitos indígenas no protesto contra uma proposta do governo que, segundo eles, ameaça sítios arqueológicos pré-coloniais, florestas, comunidades nativas e a biodiversidade da Amazônia.

Discutido na última quarta-feira, 10, na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara, o projeto de lei 3.729/04 flexibiliza as regras de proteção ambiental. A proposta dispensa atividades econômicas – como a agricultura, pecuária, silvicultura e reforma de rodovias – de obter licenciamento ambiental.

Segundo críticos, a medida ameaça eliminar insubstituíveis vestígios de civilizações indígenas passadas, antes que eles sejam descobertos. Eles afirmam que isso ameaça a busca por uma identidade nacional e contribui para a equivocada visão de que a história brasileira começa após a descoberta pelos europeus.

“Nós recorremos ao passado para construir nossa identidade como uma nação plural. Essa identidade, agora, está em risco”, alertaram professores de arqueologia da Universidade Federal do Oeste do Pará, em uma carta enviada aos parlamentares.

Historiadores estimam que mais de 6 milhões de indígenas viveram na Amazônia antes da chegada dos exploradores portugueses e espanhóis. Estudos de fragmentos de cerâmicas, terra preta feita pelos indígenas com resíduos de matéria orgânica carbonizada, além de contornos de fossos e paredes encontrados, indicam que tais comunidades eram muito mais avançadas do que o estereótipo de “selvagens” criado na era vitoriana.The Guardian

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