CANNABIS - Maconha no Uruguai será vendida em farmácias

O objetivo do governo do Uruguai é eliminar o mercado negro, porém sem estimular o consumo (Foto: Max Pixel)

Nos arredores de Libertad, uma pequena cidade a uma hora de carro de Montevidéu, cercas de arame farpado e guardas protegem um terreno de dez hectares de propriedade do governo. Dentro, as estufas das empresas ICC e Simbiosys licenciadas pelo governo do Uruguai para cultivar maconha de uso recreativo abrigam milhares de plantas. Em 2 de maio, os uruguaios começaram a se registrar nos correios como usuários potenciais da droga, que será vendida nas farmácias a partir de julho.

Esta será a última e a mais importante etapa de um longo processo. Em 2013, o Senado aprovou a legalização da maconha e a regulamentação de sua produção e venda, uma atitude pioneira no mundo. O objetivo do governo do Uruguai é eliminar o mercado negro, controlado, sobretudo, por traficantes paraguaios, porém sem estimular o consumo. Os uruguaios registrados, mas não os visitantes, poderão cultivar até seis plantas em casa; aderir a um clube, onde 45 membros podem cultivar até 99 plantas; ou comprar a maconha em farmácias. O consumo ficará limitado a 40 gramas por mês.

Mais de 6.600 pessoas se registraram para cultivar maconha em casa e 51 clubes já esperam seus sócios. Mas as autoridades uruguaias acreditam que as farmácias serão as principais fontes de acesso à droga. A um preço de US$1,30 por grama, a maconha comprada nas farmácias será mais barata do que a vendida por traficantes.

A qualidade também será melhor, disse Milton Romani, que supervisionou a implementação da lei até julho de 2016. O governo teve o cuidado de consultar usuários regulares de maconha para estabelecer critérios quanto à sua potência. “São eles que conhecem o assunto”, observou Romani com um sorriso.The Economist

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