CONEXÃO COM 60 PAÍSES

O plano ambicioso da China para reeditar Rota da Seda

Plano de investimento em infraestrutura quer tornar a China na maior nação asiática (Foto: Kremlin)

No domingo, 14, a China sediará o Fórum do Cinturão e da Rota para a Cooperação Internacional e receberá líderes de países como Rússia, Paquistão, Myanmar, entre outras nações asiáticas, europeias e africanas. O evento deve discutir avanços em um dos projetos mais ambiciosos do governo chinês: a iniciativa “Um Cinturão, Uma Rota”.

Cerca de 30 chefes de Estado, como o presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif, devem comparecer ao fórum em Pequim. Serão dois dias do evento que é considerado o mais importante evento diplomático do país no ano.

A iniciativa, lançada em 2013, pelo presidente chinês Xi Jinping, consiste numa rede de infraestrutura, comércio e cooperação econômica ao longo dos mais de 60 países que farão parte da rota. Dessa forma, a ideia é ligar por meio de ferrovias e rodovias a China a países da Ásia, da Europa e da África.

O nome da iniciativa remete à milenar Rota da Seda, que conectava o Ocidente ao Oriente, e o projeto estimado em US$ 900 bilhões promete reeditar a antiga rota comercial e também criar a Rota da Seda Marítima do século XXI.

Além do investimento em infraestrutura de transporte, o governo chinês fará obras de energia e telecomunicações. Para isso, estabeleceu em 2014 o Fundo da Rota da Seda, com US$ 40 bilhões de recursos, e em 2015 criou o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura que, segundo o governo, já aprovou US$ 1,7 bilhão em financiamento de projetos.

O projeto indica o foco da política externa chinesa em conectividade e em criar novos mercados para os bens do país, após um período de desaceleração econômica e o afastamento de países, como os Estados Unidos. Com isso, a iniciativa espera recuperar a influência chinesa no mundo e consolidar a posição do país como a maior potência asiática.

Para a agência de consultoria McKinsey, a iniciativa chinesa tem o potencial de ofuscar o Plano Marshall, um plano de recuperação econômica da Europa implementado pelos Estados Unidos após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e constitui o maior plano de desenvolvimento lançado na história.The Guardian


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