ARGENTINA ODEBRECHT

Promotores de Brasil e Argentina firmam acordo para investigar Odebrecht


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e a procuradora-geral da Argentina, Alejandra Gils Carbó, assinaram convênio nesta sexta-feira que cria uma equipe conjunta de investigação para atuar em processos de corrupção em concessões públicas à Odebrecht.

O documento foi firmado hoje, durante a XXI Reunião Especializada de Ministérios Públicos do Mercado Comum do Sul, realizada em Buenos Aires. O encontro tem como objetivo "gerar avanços na investigação, para apontar a responsabilidade penal e patrimonial correspondente a fatos ilícitos relacionados com a tramitação da contratação, da licitação e da execução de obras".

Segundo comunicado assinado por Alejandra Gils Carbó, além da Odebrecht, o grupo também visa apurar qualquer questão vinculada à Operação Lava-Jato, que tenha repercusão, vinculação ou réplica na Argentina.

A justiça argentina está investigando o suposto envolvimento da empreiteira em irregularidades e pagamento de propina para conseguir contratos de obras públicas durante o governo de Cristina Kirchner, entre 2007 e 2015.

Diretores da Odebrecht admitiram em dezembro, terem pago no país cerca de US$ 35 milhões (R$ 115,1 milhões).

A equipe de promotores será composta por seis membros de cada país, com a definição de um diretor de cada lado, que ficará incumbido da coordenação dos trabalho. A atuação, inicialmente, será de um ano, que pode ser prorrogado.

O acordo estabelece que as informações e provas recolhidas serão divididas entre os promotores dos dois países e poderão ser utilizadas nos processos referentes aos casos investigados. Ainda poderão ser solicitadas que as diligências tenham caráter confidencial.EFE

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