ENERGIA - Bons ventos

Até abril deste ano, as 414 usinas eólicas em operação comercial no Brasil e seus aerogeradores individuais somaram 10.517 MW de capacidade instalada (Foto: Pixabay)

Nos primeiros quatro meses do ano, a produção de energia eólica em operação comercial no Sistema Interligado Nacional (SIN) foi 30% superior à geração no mesmo período em 2016.

Segundo informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), os campos movidos pela força dos ventos produziram 3.286 MW médios entre janeiro e abril, frente aos 2.532 MW médios gerados nos mesmos meses do ano passado. Com a expansão, a participação da fonte eólica em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do sistema – hidrelétricas e térmicas – alcançou 5,1%. Em 2010, a participação era de 2,5%.

Bons ventos trazem boa notícia. Até abril deste ano, as 414 usinas eólicas em operação comercial no Brasil e seus aerogeradores individuais somaram 10.517 MW de capacidade instalada, uma expansão de 17,6% frente às 352 unidades existentes no mesmo mês em 2016.

A fonte hidráulica – que inclui grandes usinas e as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) – foi responsável por 79,4% do total. As usinas térmicas, por sua vez, responderam por 15,4% da geração.

Estados produtores aumentam capacidade

A CCEE confirma ainda que o Rio Grande do Norte permanece como maior estado produtor do país, com 1.087,6 MW médios em 2017 – 39% a mais em relação ao primeiro quadrimestre de 2016. Em seguida vêm Bahia, com 678 MW médios (+30%), Rio Grande do Sul, que produziu 533 MW médios (+9%), e Ceará, com 465 MW médios (+12%).

O Rio Grande do Norte também conta com a maior capacidade instalada do sistema eólico, somando 3.209 MW, um aumento de 19% em relação ao ano anterior. Mas o Ceará – apenas quarto colocado em geração – surge em segundo lugar, com 1.960 MW instalados (+21% em 2017). A Bahia manteve os 1.750 MW de capacidade, enquanto que o Rio Grande do Sul registra 1.682 MW (+11%).

A energia eólica no mundo

Se ainda não somos uma Dinamarca – que tem na eólica mais de 28% de sua matriz energética –, estamos bem à frente de boa parte dos 83 países do mundo que usam a energia que vem dos ventos em escala comercial, mas operam com média de participação em relação a outras matrizes de apenas 2,5%. O Brasil “sopra” a metade da capacidade instalada da América Latina.

Tão surpreendente quanto alentadora é a informação de que a China – o país que mais polui em todo o planeta – tenha se tornado o maior produtor desta fonte renovável de baixíssimo impacto ambiental e que não gera resíduos ou gases em sua produção. Dizem as más línguas que o baixo custo foi o único motivo considerado pelos chineses.Claudio Carneiro

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