NAVIO EM DECOMPOSIÇÃO

Cientistas apontam que Titanic pode desaparecer em breve

As bactérias Halomonas titanicae formaram uma espécie de colônia no transatlântico (Foto: Wikipedia)

Mais de um século depois de afundar, o famoso transatlântico Titanic está próximo de sua total decomposição e pode desaparecer em breve. De acordo com cientistas, o navio está coberto por uma espécie de bactéria que está, aos poucos, corroendo seu casco de ferro.

Desde que foi descoberto no fundo do mar, em 1985, pelo oceanógrafo Robert Ballard, da Universidade de Rhode Island, o Titanic impressionava por seu estado bem conservado. Por estar 3,8 km abaixo da superfície, submetido a pouca luz e pressão intensa, o navio se tornou inabitável para a maioria das formas de vida, o que atrasou o processo de corrosão.

No entanto, uma nova bactéria foi descoberta no casco do navio que, 30 anos depois de ser descoberto, encontra-se enferrujado no fundo do Oceano Atlântico. Alguns pesquisadores estimam que ela pode fazer o Titanic desaparecer em 14 anos.

Os primeiros indícios de que uma bactéria, batizada de halomonas titanicae, estaria corroendo o transatlântico foram encontrados em 1991, por cientistas da Universidade de Dalhousie, no Canadá. Eles coletaram amostras de formações de ferrugem em formato de pingente caindo do navio.

Entretanto, em 2010, outro grupo de cientistas da mesma universidade identificou formas de vida no navio e descobriram a bactéria. Esse tipo de bactéria halomonas é capaz de sobreviver em água completamente escura e com uma forte pressão, condições inabitáveis para a maioria dos seres vivos, sendo frequentemente encontrada em pântanos de sal.

De acordo com os pesquisadores, as halomonas titanicae formaram uma espécie de colônia no transatlântico. Com isso, elas se alimentam do navio, mas curiosamente também o protegem da corrosão da água por conta de uma camada protetora que elas formam: o chamado “biofilme”.

Por conta dessas bactérias que diversos navios e submarinos naufragados no fundo do mar se encontram preservados – alguns datados do século XIV – e se tornam o lar de diversas espécies marinhas. No entanto, eventualmente, todos os navios serão completamente devorados por bactérias ou pela corrosão da água e parte deles será incorporado aos corpos de animais e plantas marinhos.BBC

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