PROTESTOS CONTRA PUTIN
Líder da oposição russa é detido pela polícia de Moscou
Navalny foi detido pela polícia russa na porta de casa (Foto: Wikimedia)
O principal líder da oposição russa, Alexei Navalny, foi detido na segunda-feira, 12, na porta de sua casa, momentos antes de partir para uma manifestação no centro de Moscou contra corrupção no governo do presidente Vladimir Putin. A informação foi dada por sua mulher, Yuliya Navalny, através da conta oficial do opositor no Twitter.
“Olá, sou Yuliya Navalnaya. Alexei foi detido na entrada do prédio. Pediu que informasse que nossos planos não mudaram: Tverskaya”, escreveu Yuliya, numa referência à rua onde está marcada o início dos protestos. As manifestações contra Putin devem ocorrer em 200 cidades pelo país.
O porta-voz do líder opositor, Kira Iarmych, confirmou a detenção de Navalny em sua própria conta no Twitter e informou que a energia elétrica foi cortada nos escritórios de sua organização de luta contra a corrupção.
Segundo a agência de notícias Reuters, a polícia russa deteve pelo menos 118 manifestantes no centro de Moscou. No entanto, uma ONG indica que esse número é maior, chegando a 200 pessoas detidas nesta segunda-feira.
Após uma mobilização que teve grande adesão em 26 de março, Navalny convocou protestos por toda a Rússia para esta segunda-feira, quando comemora-se a independência do país. As autoridades russas haviam autorizado a manifestação em uma zona distante centro de Moscou, mas o ativista alterou a localização para a rua Tverskaya, uma das mais movimentadas da cidade e próxima ao Kremlin.
A decisão foi tomada depois de Navalny denunciar no domingo, 11, que as autoridades do país pressionaram empresas a não fornecerem equipamentos de som e de vídeo aos manifestantes.
Devido à mudança de local, o Gabinete da Procuradoria-Geral alertou que o protesto é considerado ilegal e a polícia de Moscou está autorizada a tomar “todas as medidas necessárias” para conter a desordem. “Qualquer provocação por parte dos manifestantes será considerada uma violação da ordem pública e será imediatamente reprimida”, advertiu a polícia local.
Eleições presidenciais
Advogado de formação, Navalny tentará concorrer às eleições presidenciais do país. Entretanto, sua candidatura enfrenta um obstáculo legal, por conta de uma condenação de desvio de fundos públicos em fevereiro deste ano. Com esse cenário, ainda está incerto se o governo permitirá que ele concorra.
Até agora, as pesquisas apontam que o opositor tem chances limitadas de tirar Putin do poder, devido aos altos índices de aprovação do presidente russo. No entanto, a campanha contra a corrupção encabeçada por Navalny pode ampliar seu apoio.
Navalny é crítico ferrenho de Putin e é visto como “persona non grata” pelo governo russo. Em seu blog, o advogado pede por mudanças no governo do país. “Quero viver em um Estado democrático moderno e quero que nossos impostos sejam convertidos em rodovias, escolas e hospitais, não em iates, palácios e vinhedos”, afirmou o ativista.O GLOBO
O principal líder da oposição russa, Alexei Navalny, foi detido na segunda-feira, 12, na porta de sua casa, momentos antes de partir para uma manifestação no centro de Moscou contra corrupção no governo do presidente Vladimir Putin. A informação foi dada por sua mulher, Yuliya Navalny, através da conta oficial do opositor no Twitter.
“Olá, sou Yuliya Navalnaya. Alexei foi detido na entrada do prédio. Pediu que informasse que nossos planos não mudaram: Tverskaya”, escreveu Yuliya, numa referência à rua onde está marcada o início dos protestos. As manifestações contra Putin devem ocorrer em 200 cidades pelo país.
O porta-voz do líder opositor, Kira Iarmych, confirmou a detenção de Navalny em sua própria conta no Twitter e informou que a energia elétrica foi cortada nos escritórios de sua organização de luta contra a corrupção.
Segundo a agência de notícias Reuters, a polícia russa deteve pelo menos 118 manifestantes no centro de Moscou. No entanto, uma ONG indica que esse número é maior, chegando a 200 pessoas detidas nesta segunda-feira.
Após uma mobilização que teve grande adesão em 26 de março, Navalny convocou protestos por toda a Rússia para esta segunda-feira, quando comemora-se a independência do país. As autoridades russas haviam autorizado a manifestação em uma zona distante centro de Moscou, mas o ativista alterou a localização para a rua Tverskaya, uma das mais movimentadas da cidade e próxima ao Kremlin.
A decisão foi tomada depois de Navalny denunciar no domingo, 11, que as autoridades do país pressionaram empresas a não fornecerem equipamentos de som e de vídeo aos manifestantes.
Devido à mudança de local, o Gabinete da Procuradoria-Geral alertou que o protesto é considerado ilegal e a polícia de Moscou está autorizada a tomar “todas as medidas necessárias” para conter a desordem. “Qualquer provocação por parte dos manifestantes será considerada uma violação da ordem pública e será imediatamente reprimida”, advertiu a polícia local.
Eleições presidenciais
Advogado de formação, Navalny tentará concorrer às eleições presidenciais do país. Entretanto, sua candidatura enfrenta um obstáculo legal, por conta de uma condenação de desvio de fundos públicos em fevereiro deste ano. Com esse cenário, ainda está incerto se o governo permitirá que ele concorra.
Até agora, as pesquisas apontam que o opositor tem chances limitadas de tirar Putin do poder, devido aos altos índices de aprovação do presidente russo. No entanto, a campanha contra a corrupção encabeçada por Navalny pode ampliar seu apoio.
Navalny é crítico ferrenho de Putin e é visto como “persona non grata” pelo governo russo. Em seu blog, o advogado pede por mudanças no governo do país. “Quero viver em um Estado democrático moderno e quero que nossos impostos sejam convertidos em rodovias, escolas e hospitais, não em iates, palácios e vinhedos”, afirmou o ativista.O GLOBO
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