32 MORTOS

Guerra às drogas nas Filipinas tem a noite mais sangrenta

'Vamos matar outros 32 por dia', comemorou Duterte (Foto: Reprodução/Youtube)

A polícia das Filipinas confirmou a morte de 32 pessoas em uma série de operações anti-drogas realizadas na noite de terça-feira, 15, próximo à capital Manila. A data já é considerada a mais violenta da guerra contra as drogas declarada pelo presidente Rodrigo Duterte.

O superintendente da polícia do país, Romeo Cararmat, afirmou que foram mortas 32 “personalidades do tráfico de drogas” e 109 pessoas foram presas em 67 operações realizadas em diversas partes da província de Bulacan, ao norte da capital. Dezenas de armas também foram apreendidas nas operações.

Segundo Caramat, de todos os 109 presos nas operações policiais, pelo menos 93 eram procurados por outros crimes. Ele ainda acrescenta que Bulacan é um dos maiores alvos da guerra contra as drogas, com 425 mortos e 4 mil criminosos presos.

O número de mortes nesta terça-feira é o maior registrado em um único dia desde o último dia 30 de julho, quando a polícia matou 16 pessoas, incluindo o prefeito de uma cidade ao sul do país. Em pronunciamento, Duterte comemorou as mortes em Bulacan. “Vamos matar outros 32 por dia. Talvez assim possamos reduzir o que aflige esse país”, disse o presidente.

Desde que Duterte assumiu a presidência do país em julho de 2016, milhares de pessoas já foram mortas em operações anti-drogas – a maioria usuários e traficantes ocasionais de regiões pobres. De acordo com dados do governo filipino, foram 3.451 mortes no país, sendo mais de 2 mil por crimes relacionados às drogas. Porém, milhares foram mortos em circunstâncias não explicadas.

Ativistas e grupos de direitos humanos têm lançado alerta na comunidade internacional sobre a repressão do governo de Duterte, relatando que a polícia tem executado suspeitos e plantando drogas e armas em potenciais cenas de crimes. O governo filipino nega as acusações.

Opositores políticos de Duterte registraram queixa contra o presidente das Filipinas na Corte Penal Internacional, acusando-o de crimes contra a humanidade. Em resposta, Duterte reclama da atuação dos grupos de direitos humanos e disse que irá investigá-los. “Se eles estão obstruindo a Justiça, atire neles”, afirmou.The Guardian

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