OPERAÇÃO LAVA JATO- Gilmar Mendes diz que Janot perdeu condições de equilíbrio
Gilmar Mendes desejou ‘boa viagem’ a Janot, que deixa a PGR em setembro (Foto: EBC)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes teceu severas críticas ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no último domingo, 6, horas antes de comparecer ao Palácio Jaburu para um jantar com Michel Temer, que tinha como pauta a reforma política.
A declaração foi dada em entrevista ao Estado/Broadcast, quando Mendes estava em Manaus para acompanhar a eleição suplementar para o governo do Amazonas.
Questionado sobre a hipótese da Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar outra denúncia contra Temer, Mendes disse que Janot perdeu “todas as condições de equilíbrio para continuar exercendo o cargo” e desejou “boa viagem” ao procurador-geral, que encerra seu mandato em setembro.
“Essa coisa se personalizou de tal maneira que a gente só pode desejar ao procurador uma boa viagem. Ele perdeu todas condições de equilíbrio para continuar exercendo o cargo. Infelizmente, o sistema permite isso. Eu tenho criticado o Supremo Tribunal Federal, que ficou a reboque de impulsos do procurador-geral, permitindo a violação da lei de delação e uma série de abusos nessa área. Estamos fazendo uma rediscussão sobre esse tema. Certamente, o Tribunal vai acertar o passo. Acho que haverá o restabelecimento da normalidade na relação do Tribunal com a PGR”, disse Mendes.
Sobre a reforma política a ser discutida no jantar com Temer, Mendes disse que iria sugerir a adoção de um sistema de semi-presidencialismo, que tivesse, além do presidente, a figura de um primeiro-ministro.
“Alguma coisa que mesclasse uma Presidência com algum significado forte, mas que também valorizasse a governabilidade com um primeiro-ministro. Pensar um modelo francês-português que nos tirasse dessas crises continuadas que estamos envolvidos. Dos quatro presidentes da nova República, só dois terminaram o mandato integralmente. Toda vez que temos crises mais profundas, vem a discussão sobre impeachment ou fórmulas desse tipo. Temos que separar a Presidência da questão da governabilidade mais geral. Já temos hoje um modelo muito parlamentarizado. Se houver necessidade de troca, que seja sem tantos traumas”, disse o ministro.Estadão
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes teceu severas críticas ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no último domingo, 6, horas antes de comparecer ao Palácio Jaburu para um jantar com Michel Temer, que tinha como pauta a reforma política.
A declaração foi dada em entrevista ao Estado/Broadcast, quando Mendes estava em Manaus para acompanhar a eleição suplementar para o governo do Amazonas.
Questionado sobre a hipótese da Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar outra denúncia contra Temer, Mendes disse que Janot perdeu “todas as condições de equilíbrio para continuar exercendo o cargo” e desejou “boa viagem” ao procurador-geral, que encerra seu mandato em setembro.
“Essa coisa se personalizou de tal maneira que a gente só pode desejar ao procurador uma boa viagem. Ele perdeu todas condições de equilíbrio para continuar exercendo o cargo. Infelizmente, o sistema permite isso. Eu tenho criticado o Supremo Tribunal Federal, que ficou a reboque de impulsos do procurador-geral, permitindo a violação da lei de delação e uma série de abusos nessa área. Estamos fazendo uma rediscussão sobre esse tema. Certamente, o Tribunal vai acertar o passo. Acho que haverá o restabelecimento da normalidade na relação do Tribunal com a PGR”, disse Mendes.
Sobre a reforma política a ser discutida no jantar com Temer, Mendes disse que iria sugerir a adoção de um sistema de semi-presidencialismo, que tivesse, além do presidente, a figura de um primeiro-ministro.
“Alguma coisa que mesclasse uma Presidência com algum significado forte, mas que também valorizasse a governabilidade com um primeiro-ministro. Pensar um modelo francês-português que nos tirasse dessas crises continuadas que estamos envolvidos. Dos quatro presidentes da nova República, só dois terminaram o mandato integralmente. Toda vez que temos crises mais profundas, vem a discussão sobre impeachment ou fórmulas desse tipo. Temos que separar a Presidência da questão da governabilidade mais geral. Já temos hoje um modelo muito parlamentarizado. Se houver necessidade de troca, que seja sem tantos traumas”, disse o ministro.Estadão
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