SENADOR ACUSADO

Janot pede novamente ao STF prisão de Aécio Neves

Janot defende que a prisão de Aécio é uma medida 'é urgente e imprescindível' (Foto: Agência Brasil)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu novamente a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no caso em que ele é acusado de pedir e receber R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista. Janot já havia pedido a prisão do senador outras duas vezes, que foram rejeitadas em decisão monocrática do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No novo pedido, Janot defende que a prisão de Aécio é uma medida “urgente e imprescindível” para preservar a ordem pública e garantir a instrução criminal das investigações. O procurador-geral também pediu o afastamento de Aécio do mandato de senador.

“O robusto acervo probatório carreado aos autos desta ação cautelar — com destaque para as provas colhidas no bojo das ações controladas e interceptações telefônicas, todas devidamente autorizadas pelo ministro Edson Fachin — não deixam dúvidas de que, na época do pedido de prisão, tal como os demais requeridos, o senador Aécio Neves também estava tecnicamente em estado de flagrância em relação aos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e embaraço a investigação criminal que envolve a organização criminosa”, afirma Janot em seu pedido enviado ao STF.

O novo pedido de Janot será decido pela Primeira Turma do STF. Antes de Marco Aurélio assumir a relatoria do processo, o caso estava no gabinete do também ministro do STF Edson Fachin. Em maio, Fachin havia determinado o afastamento de Aécio do cargo de senador, mas indeferiu o pedido de prisão.

Em junho, Marco Aurélio autorizou o parlamentar a voltar às funções de senador e também a devolução de seu passaporte, a deixar o Brasil e a manter contato com outros investigados no caso da JBS – incluindo sua irmã Andrea Neves, que está presa.

A defesa do senador criticou a ação de Janot e disse que ele está tranquilo quanto à manutenção da decisão do ministro Marco Aurélio. “A renovação de pedido de prisão contra o senador Aécio representa clara e reprovável tentativa de burlar ao texto expresso da Constituição Federal, como já afirmou o ministro Marco Aurélio”, disse em nota o advogado Alberto Zacharias Toron.

Em sua volta ao Senado, Aécio afirmou que sempre confiou na Justiça e disse ser vítima de uma armação organizada por um “criminoso confesso”, em referência a Joesley Batista. Aécio é um dos investigados nas delações premiadas de executivos do frigorífico JBS.Estadão

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