VENEZUELA MERCOSUL

Chanceleres do Mercosul se reunirão no Brasil para decidir sobre a Venezuela

Na imagem, o ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, chanceler que anunciou hoje o encontro do Mercosul. EFE/Zipi

Os chanceleres do Mercosul se reunirão no próximo sábado no Brasil para tomar uma decisão "definitiva" sobre a Venezuela com base no Protocolo de Ushuaia, que inclui a cláusula democrática, que pode significar a suspensão política de um país-membro do bloco, disse nesta quarta-feira o chanceler do Paraguai, Eladio Loizaga.

O chanceler indicou que a reunião convocada pelo Brasil, que ostenta a presidência temporária do bloco, será realizada "quase certamente" no sábado e resta decidir se será em São Paulo ou em Brasília.

De acordo com Loizaga, nesse encontro será tomada "uma decisão com base no que estabelece o Protocolo de Ushuaia em questões sobre democracia, levando em conta que definitivamente na Venezuela há uma ruptura da ordem democrática".

"Será algo definitivo. Tem que tomar uma decisão, não há voltas. Não há marcha à ré", disse o chanceler a "Radio Nacional", que acrescentou que uma suspensão política seria uma "aplicação política muito forte" e lembrou que a Venezuela já foi suspensa administrativamente do Mercosul em dezembro do ano passado.

Na visão de Loizaga, a situação na Venezuela confirma que "não existe o Estado de direito" e ficou ainda mais agravada após a transferência a uma prisão militar dos líderes opositores Antonio Ledezma e Leopoldo López, que permaneciam em prisão domiciliar.

"Está mais uma vez mais provado que o governo não toma nenhuma atitude que possa construir um diálogo para encontrar uma saída que beneficie todo o povo venezuelano e traga paz", disse Loizaga.

Em 21 de julho, o Mercosul enviou à Venezuela uma nota para pedir a abertura de um diálogo em virtude do Protocolo de Ushuaia, cuja cláusula democrática obriga que os países-membros façam um processo de consulta com o país onde se rompeu a ordem institucional antes de adotar qualquer outra medida.

Se as consultas resultarem infrutíferas, os demais países do Mercosul poderão considerar em consenso a natureza das medidas que deveriam aplicar, que podem abranger a suspensão do direito a participar nos órgãos e a suspensão de direitos e obrigações.EFE

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