MINISTRO DA AGRICULTURA

PF faz buscas em apartamento de Blairo Maggi

Maggi teria participado do esquema quando era governador de Mato Grosso (Foto: EBC)

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, 14, a Operação Malebolge, que apura a suposta existência de um esquema de pagamento de propina a membros do poder Legislativo estadual para que estes votassem a favor de projetos de interesse do Executivo.

Cerca de 270 agentes cumprem 64 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro do STF Luiz Fux, em 11 municípios do país, sendo nove em Mato Grosso, um no Distrito Federal e um em São Paulo.

Entre os alvos da operação está o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, ex-governador do Mato Grosso (MT), além de conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) e outras autoridades do governo do estado. O prefeito da capital Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), também foi alvo de mandados.

A investigação foi aberta com base em informações da delação premiada de Silval Barbosa (PMDB), ex-governador do MT. Segundo Silval Barbosa, o esquema existiu entre 2006 e 2014 e envolveu vários governadores: Dante de Oliveira (morto em 2006), Blairo Maggi e o próprio Silval Barbosa.

Entre os crimes investigados estão corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira, crimes contra a ordem tributária e obstrução de investigação criminal, mediante pagamento de delatores para que mudassem suas versões dos fatos e a investigados para que não fechassem acordo de colaboração com a Justiça.

Silval Barbosa foi preso em março de 2016, na Operação Ararath, sob acusação de transformar sua gestão em um abrigo para corrupção. Outros 11 auxiliares diretos de Barbosa também foram presos na operação.

Diante das informações prestadas por Barbosa, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu pedir ao STF, em agosto deste ano, a abertura de um novo inquérito. O pedido foi aceito por Fux, dando início a Operação Malebolge, como um desdobramento da Ararath. Ao aceitar o pedido, fux chamou atenção para o tamanho do esquema. “A delação é monstruosa pelo número de anexos, pelo número de crimes delatados e pelo número de autoridades envolvidas”, disse o ministro.O Globo

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