LIVROS MUHAMMED ALI

A vida de Muhammed Ali

Ali se recusou em servir o Exército dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã (Foto: Wikimedia)

Muhammad Ali dizia com frequência que era o melhor pugilista da história do boxe. E estava certo. Em 1999, a revista americana Sports Illustrated elegeu-o “O Desportista do Século”. Quando Ali morreu em 3 de junho de 2016, aos 74 anos, ele foi lembrado não só como o pugilista peso-pesado mais homenageado e famoso do mundo, mas também por sua recusa em servir o Exército dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã, o que lhe custou a condenação de cinco anos de prisão, suspensa pela Suprema Corte, e três anos de proibição de lutar.

Hoje, os atletas negros são unânimes em protestar contra o governo. Mas Ali foi um rebelde solitário. Após sua morte, Barack Obama, que guardava um par de suas luvas na Casa Branca, comparou-o a Martin Luther King e a Nelson Mandela em sua luta pelos direitos civis dos negros.

O livro, Ali: A life, de Jonathan Eig, é a primeira grande biografia escrita depois da morte de Ali. Como outros acasos da vida, escreveu Eig, aos 12 anos Cassius Clay foi surpreendido por um policial e técnico de boxe, Joe F. Martin, quando batia em um ladrão que tentava roubar sua bicicleta. Martin aconselhou-o a aprender boxe. E assim começou a história do lendário boxeador Muhammad Ali.

Eig retrata um homem que agia por instinto dentro e fora do ringue. Apesar da ambição pela fama, Ali não poupava críticas agressivas aos brancos e chamava seus opositores negros de Pai Tomás. Ele também era ávido por dinheiro e gostava de passar as mãos pelas pilhas de notas à sua frente. Em 1974, atraído pelos US$5 milhões oferecidos por Mobutu Sese Seko, ditador da República Democrática do Congo, Ali protagonizou a maior e a mais espetacular luta de boxe do século, ao derrotar o campeão mundial invicto George Foreman e reconquistar seu título de campeão do mundo em Kinshava, capital do Congo.

Na década de 1960, Ali converteu-se ao islamismo ao se juntar ao movimento islâmico negro de Malcolm X. Por fim, rejeitou seu nome, Cassius Clay, e adotou o nome de Muhammad Ali, que lhe foi dado por Elijah Muhammad, o fundador da Nação do Islã, um movimento negro extremista. Enfim, Ali: A life, é a história de um homem que desafiou as convenções sociais de sua época sem medo e lutou por seus ideais de liberdade pessoal.The Economist

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A surpreendente cratera de Xico

Por que não enxergamos estrelas verdes ou roxas?

Egípcia posa nua em blog e provoca indignação