'FARRA DAS PASSAGENS'

Câmara gasta até R$ 45 mil com passagens aéreas

Ao todo, foram cerca de 1,4 mil viagens pagas pela Câmara desde 2015 (Foto: Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados já desembolsou R$ 7,6 milhões (valores corrigidos pela inflação) com viagens oficiais de parlamentares no atual mandato, segundo um levantamento feito pelo jornal Estado de S. Paulo, com dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação. Ao todo, foram cerca de 1,4 mil viagens pagas desde 2015, com valores de bilhetes que chegam a R$ 45,5 mil.

O levantamento contabiliza somente as passagens aéreas compradas pela Casa para missões oficiais de parlamentares, deixando de fora viagens pagas com a cota mensal que cada deputado têm direito para voltar a seus estados. Segundo o jornal, as viagens internacionais foram as que mais pesaram na conta da Câmara – representando mais de 90% do total.

As cinco viagens mais caras analisadas pelo jornal foram de classe executiva. São os casos das viagens dos deputados baianos Claudio Cajado (DEM) e Antonio Imbassahy (PSDB), em dezembro de 2015, para o Cazaquistão e a Geórgia. As passagens custaram respectivamente R$ 45,5 mil e R$ 45,3 mil, em valores atualizados.

Já o deputado Damião Feliciano (PDT-PB) registrou a passagem aérea mais cara do ano passado – R$ 36,6 mil em uma viagem de dez dias à China de uma comitiva de oito deputados. Em relação ao mandato, o parlamentar fica na oitava posição.

O direito de viajar de classe executiva é previsto pelo regimento da Câmara dos Deputados pelo cargo ou condição do deputado. Entretanto, o deputado também pode usar verbas da cota parlamentar para custear uma melhoria na classe de seu voo. Além de deputados, a Casa dá o direito de viajar de classe executiva a ocupantes de outros cargos, como membros titulares da Mesa Diretora e presidentes de Comissões Permanentes.

Segundo o Estado de S. Paulo, a Câmara não informou se haveria um máximo de passagens que os deputados poderiam solicitar ou se existe um teto para o valor pago e que essas informações só podem ser pedidas por meio da Lei de Acesso à Informação.

No entanto, a Câmara pede que o pedido de concessão das passagens seja “formalizado com devida antecedência da realização da viagem, com vistas à reserva das passagens e à obtenção de preços mais vantajosos”, embora não especifique quanto tempo seria a “devida antecedência”.

Em resposta ao caso, Cajado afirmou que nenhum parlamentar “tem interesse de comprar passagem mais cara”. “Eu não controlo o preço da passagem”, afirmou Cajado. O deputado também foi parlamentar que mais fez a Câmara desembolsar recursos com passagens nos últimos três anos – foram R$ 280 mil gastos no atual mandato.Estado de S. Paulo

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