SAÚDE BACTÉRIAS
O combate às bactérias da pneumonia e da meningite
O sucesso das campanhas de vacinação contra as bactérias pneumococo e Haemophilus influenzae tipo b (Hib), as duas principais causas da pneumonia e da meningite, comprova a eficácia das vacinas no combate às doenças infecciosas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), só a água potável supera as vacinas na redução do custo humano e econômico das doenças infecciosas.
De acordo com um artigo publicado em 11 de junho na revista científica The Lancet Global Health, no período de 2000 a 2015, a vacina Hib e a vacina pneumocócica conjugada PCV, salvaram a vida de 1,45 milhão de crianças de até 5 anos, a faixa etária definida pelos pesquisadores como a mais importante para o estudo e a mais útil para formuladores de políticas na área de saúde pública.
O estudo, realizado por pesquisadores da Johns Hopkins Bloomblerg School of Public Health e financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, concentrou-se nas bactérias Hib e pneumococo por causarem complicações graves de saúde em crianças de países em desenvolvimento. De acordo com o estudo, no ano 2000, cerca de 900 mil crianças morreram devido a infecções bacterianas, a maioria delas de pneumonia. Em 2015, os dados oficiais registraram a morte de 323,5 mil crianças.
Nos EUA e em diversos países europeus, o pneumococo e o Hib não são mais agentes patogênicos letais graças a vacinas como a PCV e a Hib. O estudo mostrou que cerca de 50% das mortes provocadas pela bactéria pneumococo em 2015 ocorreram na Índia, Nigéria, República Democrática do Congo e Paquistão. Na opinião de Brian Wahl, principal autor da pesquisa, as campanhas de vacinação nesses quatro países podem ter um grande impacto no número global de mortes por doenças infecciosas. Em 2010, a GAVI, uma parceria público-privada que fornece vacinas para países em desenvolvimento, introduziu a vacina PCV nos programas de imunização de 52 países.
No final de 2015, 129 países haviam introduzido a vacina PCV em seus programas de imunização, e as mortes provocadas pela bactéria pneumococo, que tinham diminuído 3% ao ano entre 2000 e 2010, reduziram-se a 8% ao ano de 2010 a 2015. Os pesquisadores concluíram que “o uso disseminado da vacina contra a bactéria Hib e a recente introdução da vacina PCV em países com alta taxa de mortalidade infantil tinham contribuído para a redução de casos de contaminação e morte”.
Apesar da comprovação científica da eficácia das vacinas na erradicação da mortalidade infantil, um artigo publicado em 12 de junho no periódico PLOS Medicine, mostrou que uma “crença filosófica” que se opõe à vacinação infantil está se expandindo em algumas regiões dos EUA.
O fato de as principais vítimas de doenças causadas pelas bactérias pneumococo e Hib serem crianças de países em desenvolvimento, explica a reação dos profissionais da área de saúde contra a oposição à vacinação infantil. “É lamentável que esse movimento esteja aumentando nos EUA. Essa posição, sem nenhuma base científica, além de pôr em risco a vida de crianças que não são vacinadas, representa uma ameaça à saúde de crianças que, por algum motivo, não podem ser imunizadas”, disse Wahl. Segundo especialistas da área de saúde pública, esse movimento nega o princípio básico que as vacinas são essenciais para proteger as crianças de doenças.Quartz
O sucesso das campanhas de vacinação contra as bactérias pneumococo e Haemophilus influenzae tipo b (Hib), as duas principais causas da pneumonia e da meningite, comprova a eficácia das vacinas no combate às doenças infecciosas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), só a água potável supera as vacinas na redução do custo humano e econômico das doenças infecciosas.
De acordo com um artigo publicado em 11 de junho na revista científica The Lancet Global Health, no período de 2000 a 2015, a vacina Hib e a vacina pneumocócica conjugada PCV, salvaram a vida de 1,45 milhão de crianças de até 5 anos, a faixa etária definida pelos pesquisadores como a mais importante para o estudo e a mais útil para formuladores de políticas na área de saúde pública.
O estudo, realizado por pesquisadores da Johns Hopkins Bloomblerg School of Public Health e financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, concentrou-se nas bactérias Hib e pneumococo por causarem complicações graves de saúde em crianças de países em desenvolvimento. De acordo com o estudo, no ano 2000, cerca de 900 mil crianças morreram devido a infecções bacterianas, a maioria delas de pneumonia. Em 2015, os dados oficiais registraram a morte de 323,5 mil crianças.
Nos EUA e em diversos países europeus, o pneumococo e o Hib não são mais agentes patogênicos letais graças a vacinas como a PCV e a Hib. O estudo mostrou que cerca de 50% das mortes provocadas pela bactéria pneumococo em 2015 ocorreram na Índia, Nigéria, República Democrática do Congo e Paquistão. Na opinião de Brian Wahl, principal autor da pesquisa, as campanhas de vacinação nesses quatro países podem ter um grande impacto no número global de mortes por doenças infecciosas. Em 2010, a GAVI, uma parceria público-privada que fornece vacinas para países em desenvolvimento, introduziu a vacina PCV nos programas de imunização de 52 países.
No final de 2015, 129 países haviam introduzido a vacina PCV em seus programas de imunização, e as mortes provocadas pela bactéria pneumococo, que tinham diminuído 3% ao ano entre 2000 e 2010, reduziram-se a 8% ao ano de 2010 a 2015. Os pesquisadores concluíram que “o uso disseminado da vacina contra a bactéria Hib e a recente introdução da vacina PCV em países com alta taxa de mortalidade infantil tinham contribuído para a redução de casos de contaminação e morte”.
Apesar da comprovação científica da eficácia das vacinas na erradicação da mortalidade infantil, um artigo publicado em 12 de junho no periódico PLOS Medicine, mostrou que uma “crença filosófica” que se opõe à vacinação infantil está se expandindo em algumas regiões dos EUA.
O fato de as principais vítimas de doenças causadas pelas bactérias pneumococo e Hib serem crianças de países em desenvolvimento, explica a reação dos profissionais da área de saúde contra a oposição à vacinação infantil. “É lamentável que esse movimento esteja aumentando nos EUA. Essa posição, sem nenhuma base científica, além de pôr em risco a vida de crianças que não são vacinadas, representa uma ameaça à saúde de crianças que, por algum motivo, não podem ser imunizadas”, disse Wahl. Segundo especialistas da área de saúde pública, esse movimento nega o princípio básico que as vacinas são essenciais para proteger as crianças de doenças.Quartz
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