FIM DA PRISÃO
Alemanha convence China a libertar viúva de Liu Xiabo
A liberdade concedida a Liu Xia é uma grande vitória da Alemanha (Fofo: Flickr/etanliam)
Há cerca de um ano Liu Xiabo, vencedor do prêmio Nobel da Paz, escritor e ativista de direitos humanos, morreu de câncer de fígado na China, onde cumpria uma sentença de prisão. Apesar de seu estado de saúde, as autoridades em Pequim rejeitaram inúmeros pedidos para que Liu fosse autorizado a viajar a fim de ser tratado no exterior. Após sua morte, a esposa Liu Xia, que estava com ele no hospital em seus últimos dias de vida, não saiu mais do apartamento onde era mantida em prisão domiciliar.
Mas em 10 de julho a BBC China noticiou que Liu Xia partira para Berlim em um voo da Finnair. Mais tarde, o jornal de Hong Kong, South China Morning Post, confirmou sua partida. Segundo a agência de notícias Associated Press, a viagem de Liu Xia também foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores. Ligações para a embaixada alemã em Pequim não foram atendidas e o consulado alemão em Hong Kong não respondeu de imediato as perguntas enviadas por e-mail.
Desde que Liu Xiabo ganhou o prêmio Nobel da Paz em 2010, Liu Xia foi mantida em prisão domiciliar. Liu recebeu o prêmio quando cumpria a sentença de 11 anos de prisão por ter sido coautor de um manifesto que exigia mudanças fundamentais no sistema autocrático de governo da China em 2008, um ato de “insubordinação contra o Estado” pelo qual foi punido.
Poucas pessoas tinham autorização para visitar Liu Xia e policiais à paisana vigiavam dia e noite seu apartamento em Pequim. Os que a visitavam diziam que ela tinha problemas cardíacos e crises de depressão, e pedia sem cessar que a deixassem partir.
A liberdade concedida a Liu Xia é uma grande vitória da Alemanha, um dos poucos países autorizados pelo governo chinês a enviar um médico no ano passado para examinar Liu Xiaobo. A Alemanha tem discutido a questão dos direitos humanos e a situação de Liu Xia em diversas ocasiões com a China, um grande parceiro comercial e investidor. Em sua visita a Pequim, em maio, a chanceler Angela Merkel encontrou-se com a esposa de um advogado de direitos humanos condenado à prisão. Durante essa visita, em uma coletiva de imprensa com Merkel, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse que a China iria discutir “casos individuais importantes” com a Alemanha.
Poeta, pintora e fotógrafa, Liu Xia é autora de uma obra intimista, escreveu o jornalista Ian Johnson. Suas poesias são repletas de símbolos associados à luta de dissidentes na China, como pássaros e uma cadeira vazia, uma imagem simbólica da ausência de Liu Xiaobo.
As mensagens postadas por usuários nas redes sociais, sempre com uma linguagem ambígua para evitar a censura, expressaram a alegria que sentiam por ela. Um usuário do blog Weibo, que vive na Alemanha,escreveu “Willkommen in Deutschland! Willkommen in die freie Welt!! Bem-vinda à Alemanha, ao mundo livre!” Quartz
Há cerca de um ano Liu Xiabo, vencedor do prêmio Nobel da Paz, escritor e ativista de direitos humanos, morreu de câncer de fígado na China, onde cumpria uma sentença de prisão. Apesar de seu estado de saúde, as autoridades em Pequim rejeitaram inúmeros pedidos para que Liu fosse autorizado a viajar a fim de ser tratado no exterior. Após sua morte, a esposa Liu Xia, que estava com ele no hospital em seus últimos dias de vida, não saiu mais do apartamento onde era mantida em prisão domiciliar.
Mas em 10 de julho a BBC China noticiou que Liu Xia partira para Berlim em um voo da Finnair. Mais tarde, o jornal de Hong Kong, South China Morning Post, confirmou sua partida. Segundo a agência de notícias Associated Press, a viagem de Liu Xia também foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores. Ligações para a embaixada alemã em Pequim não foram atendidas e o consulado alemão em Hong Kong não respondeu de imediato as perguntas enviadas por e-mail.
Desde que Liu Xiabo ganhou o prêmio Nobel da Paz em 2010, Liu Xia foi mantida em prisão domiciliar. Liu recebeu o prêmio quando cumpria a sentença de 11 anos de prisão por ter sido coautor de um manifesto que exigia mudanças fundamentais no sistema autocrático de governo da China em 2008, um ato de “insubordinação contra o Estado” pelo qual foi punido.
Poucas pessoas tinham autorização para visitar Liu Xia e policiais à paisana vigiavam dia e noite seu apartamento em Pequim. Os que a visitavam diziam que ela tinha problemas cardíacos e crises de depressão, e pedia sem cessar que a deixassem partir.
A liberdade concedida a Liu Xia é uma grande vitória da Alemanha, um dos poucos países autorizados pelo governo chinês a enviar um médico no ano passado para examinar Liu Xiaobo. A Alemanha tem discutido a questão dos direitos humanos e a situação de Liu Xia em diversas ocasiões com a China, um grande parceiro comercial e investidor. Em sua visita a Pequim, em maio, a chanceler Angela Merkel encontrou-se com a esposa de um advogado de direitos humanos condenado à prisão. Durante essa visita, em uma coletiva de imprensa com Merkel, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse que a China iria discutir “casos individuais importantes” com a Alemanha.
Poeta, pintora e fotógrafa, Liu Xia é autora de uma obra intimista, escreveu o jornalista Ian Johnson. Suas poesias são repletas de símbolos associados à luta de dissidentes na China, como pássaros e uma cadeira vazia, uma imagem simbólica da ausência de Liu Xiaobo.
As mensagens postadas por usuários nas redes sociais, sempre com uma linguagem ambígua para evitar a censura, expressaram a alegria que sentiam por ela. Um usuário do blog Weibo, que vive na Alemanha,escreveu “Willkommen in Deutschland! Willkommen in die freie Welt!! Bem-vinda à Alemanha, ao mundo livre!” Quartz
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