QUÊNIA OBAMA

Em visita, Obama cita Quênia como exemplo para países africanos

EFE/ Dai Kurokawa

O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama pediu nesta segunda-feira "que as diferentes etnias não sejam vistas como inimigas, mas como aliadas, e que a diversidade tribal seja vista como uma força, não como fraqueza", ao citar o Quênia como exemplo de "uma África emergente" durante uma visita ao país.

No segundo e último dia de visita ao Quênia, país natal de seu pai, Obama visitou o povoado de seus antepassados, Kogelo (sudoeste), onde inaugurou um centro para jovens impulsionado pela Fundação Sauti Kuu, que é liderada por sua meia-irmã Auma.

No local, Obama pronunciou um discurso no qual afirmou que esta nação da África "deu passos extraordinários nas últimas décadas (...). Houve um progresso real neste maravilhoso país e isto deveria inspirar os jovens quenianos de hoje a reivindicar ainda mais progresso".

"Mas sabemos que o progresso real vive em enfrentar os desafios que permanecem. Significa se desfazer da corrupção na vida pública. Significa não ver aas diferentes etnias como inimigas, mas como aliadas, e ver a diversidade tribal não como uma fraqueza, mas como uma força", disse o ex-mandatário.

O primeiro presidente negro dos Estados Unidos (2009-2017) fez estas declarações em referência à política queniana, fragmentada em linhas tribais, e aos enfrentamentos entre políticos e também entre seus eleitores após as eleições de agosto e outubro de 2017.

Obama elogiou a reconciliação entre o presidente do país, Uhuru Kenyatta, e o líder da oposição, Raila Odinga, com quem se reuniu neste domingo em Nairóbi.

"Apesar dos tempos tumultuosos que ocorreram após as eleições, agora temos um presidente e um líder da oposição que acordaram construir pontes e se comprometeram a trabalhar juntos", indicou o ex-presidente.

"O que estamos vendo no Quênia é parte de uma África emergente, com mais confiança e autossuficiente", acrescentou.

A figura de Obama, nascido no Havaí e de mãe americana e pai queniano, sempre despertou um grande interesse no Quênia, onde muitos o consideram um dos seus.

O ex-presidente viu seu pai uma vez na vida, quando tinha dez anos, embora tenha lhe influenciado tanto que em 1988 viajou pela primeira vez ao Quênia para conhecer suas raízes.

A última vez que Obama pisou nesta cidade situada próxima à fronteira com Uganda e ao lago Victoria foi em 2006, quando ainda era senador pelo estado de Illinois.

Em 2015, já como presidente dos Estados Unidos, realizou uma visita oficial ao Quênia, mas não pôde comparecer a Kogelo.

Obama partirá hoje para a África do Sul, onde participará na terça-feira de uma conferência nos atos do centenário do nascimento do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, que se completa na quarta-feira.

Está previsto que à conferência assistam convidados de alto nível como diversos chefes de Estado africanos, o ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan e a ex-presidente da Libéria e nobel da Paz Ellen Johnson-Sirleaf.

Na África do Sul, Obama também se reunirá com o presidente do país, Cyril Ramaphosa, e terá um encontro com jovens aberto a perguntas.EFE

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