CINE CRÍTICA

'Persuasão' firma Dakota Johson como a Meg Ryan da era do streaming
© Getty Images Desde que o trailer para o filme "Persuasão", lançado este mês na Netflix, foi ao ar, no começo do ano, os fãs mais hardcore da escritora inglesa Jane Austen ficaram em choque. Primeiro, uma atriz americana, Dakota Johnson, a Anastasia de "50 Tons de Cinza", era a protagonista, apesar de a diretora e da grande maioria do elenco serem britânicos, como a autora. Depois, a personagem principal fazia o que se chama de "quebrar a quarta parede", ou seja, falava olhando para a câmera, como quando os atores simulam uma interação com o público, como fez a atriz Phoebe Waller-Bridge na série que criou "Fleabag". Por fim, não havia chapéus à vista, os cabelos das mulheres apareciam soltos, o que jamais acontecia na época em que a obra de Austen foi escrita e muito menos nas várias adaptações de época de seus romances para o cinema. Os figurinos dessa versão foram de fato ultra modernizados. Não chegam a ser exatamente futuristas, mas a figurinista Marianne Agertoft se inspirou em ícones pop como as cantoras Patti Smith e Debbie Harry para fazer as roupas das mulheres, principalmente para Anne Elliot, a personagem de Dakota Johnson, que usa vestidos longos de linho monocromáticos com botinhas sujas de lama. "Persuasão", o livro, foi o último romance escrito por Austen. Provavelmente inspirado em uma história real, de um romance que teria começado em um verão na costa, para onde a escritora viajava com a família todos os anos, ele tem um tom mais sombrio que as obras mais famosas da escritora.FOLHAPRESS

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