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PT aprova comissão para indicar nomes ao governo Dilma

BRASÍLIA (Reuters) - O PT, sob o argumento de ser o principal partido de sustentação da presidente eleita Dilma Rousseff, definiu nesta sexta-feira a criação de uma comissão para propor nomes e ministérios estratégicos no futuro governo.

A criação da comissão, que vai consultar as diversas instâncias partidárias, foi decisão da reunião do Diretório Nacional do PT, que tem 81 membros.
"Foi criada uma comissão do PT para manter contato com as diversas instâncias do partido, correntes políticas, setoriais para levantar as demandas não só em relação a possíveis vagas no ministério, como também para outros cargos federais", afirmou a jornalistas o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Segundo o dirigente, essas demandas serão encaminhadas à presidente eleita, no caso de nomes para primeiro escalão. E no caso de órgãos federais nos Estados, essas propostas iriam para o futuro ministro de Relações Institucionais.
Lideranças do partido, que participaram da reunião em Brasília, afirmaram que há demandas para áreas consideradas estratégicas, nas quais o PT não esteve presente no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não quiseram, no entanto, mencionar quais seriam esses setores.

"Claro que há áreas que nós vamos analisar. Estamos avaliando o desempenho de algumas. É importante que possamos oferecer contribuições para compor essas áreas", disse o líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PT-PE), ressaltando que as demandas serão colocadas "sem criar atritos".
Segundo Dutra, parlamentares e dirigentes da legenda "têm enfatizado que o PT tem que pleitear algumas áreas que não ocupa hoje". Ao ser questionado quais seriam essas áreas, Dutra não deu detalhes.
O diretório do partido divulgou também uma resolução em que faz um balanço das eleições e ressalta a importância de dedicar "especial atenção" à situação econômica internacional, citando a "guerra cambial" como um dos sintomas.

BLOCÃO E "MATURIDADE"
O PT foi surpreendido nesta semana com o anúncio, feito pelo PMDB, da criação de um "blocão" formado com outros quatro partidos da base aliada na Câmara, que foi visto como uma forma de medir forças com o partido da presidente, embora negado oficialmente.
Em menos de 24 horas, a iniciativa foi reduzida a uma intenção pelo vice-presidente eleito e presidente do PMDB, deputado Michel Temer.

Apesar de ressaltar que a questão foi superada, o secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Cardozo (SP), afirmou que não havia necessidade de dar nenhum recado.
"Se alguém imaginou que fosse fazer isso, dar recados quando recados não precisavam ser dados, acho que fez uma análise errada", afirmou à Reuters Cardozo, que integra a equipe de transição da presidente eleita.

Na abertura do encontro, Dilma fez seu primeiro discurso aos petistas depois de eleita. Ela afirmou que conta com a maturidade política do PT para realizar as alianças necessárias à governabilidade.

"Dependo da compreensão de vocês, do esforço e da solidariedade. Dependo da maturidade política de compreender os complexos desafios de um governo", afirmou Dilma durante a reunião da qual participaram também governadores eleitos, senadores e candidatos derrotados nas últimas eleições.
(Por Maria Carolina Marcello)

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