CONSTRANGIMENTO/ PRECONCEITO

Pessoas trans relatam constrangimento e preconceito durante atendimentos médicos
© Reprodução O direito a uma saúde digna e igualitária ainda é uma das demandas urgentes de pessoas trans, que celebram, no sábado (29), um dia de visibilidade de suas lutas. Relatos de constrangimento durante consultas médicas e dificuldade para agendar uma cirurgia de redesignação sexual pelo SUS não são incomuns, tanto para homens quanto para mulheres deste grupo social. A saúde mental de pessoas trans é uma das questões que mais preocupa, segundo Keila Simpson, presidenta da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais). "É necessário que o SUS ofereça um sistema humanizado, pois a falta de atenção com a saúde do corpo também afeta a saúde mental. É um problema de exclusão, e a pessoa sofre muito." Ela lembra, que há uma fila de espera de anos para conseguir realizar um procedimento transexualizador pelo SUS, porque não há profissionais, hospitais e ambulatórios suficientes para o público transgênero no país. "Se o gênero foge do que o médico está habituado, homem e mulher, o SUS, em geral, não sabe como lidar", diz Keila. Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Unesp, divulgada em novembro de 2021, estima que a população adulta identificada como transgêneros ou não-binários (não pertencem a um gênero exclusivamente) no Brasil é de 2%. São 3 milhões de indivíduos, considerando apenas os 80% que são adultos, em uma população estimada em 214 milhões em 2021, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). "Há quem fale que queremos privilégios. Não queremos. Não pedimos que aceitem nossa formação, mas sim queremos uma inclusão respeitosa", afirma a presidenta da Antra. FOLHAPRESS

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