CULTURA NO RIO
Rio abriga exposição de Gaudí, símbolo maior do modernismo catalão
Visitantes sob a abóbada do cruzeiro da Basílica Sagrada Família (Fotos: Claudio Carneiro)
Até o dia 30 de abril, o público carioca terá a oportunidade de ver mais de cem obras – entre objetos, mobiliário e maquetes – criados pelo mestre catalão Antoni Gaudí, arquiteto cujo simbolismo se confunde com a própria Barcelona, cidade que reúne suas principais obras – desde portões a igrejas e edifícios. O Museu de Arte Moderna (MAM) abre suas portas para a exposição “Gaudí, Barcelona 1900”. Completam a mostra cerca de 40 trabalhos de artistas e artesãos influenciados pelo grande artista e a avançada cena de Barcelona naquele início de século XX.
Maquete da Casa Batiló
Destaque para a maquete do conjunto da Basílica da Sagrada Família – obra inacabada do artista que,aos 73 anos, foi atropelado e morto por um bonde no cruzamento da rua Gran Vía de las Cortes com a rua Bailén, em Barcelona. A exposição no MAM é rica em modelos tridimensionais que ressaltam a genialidade do design do arquiteto, tanto na confecção de maçanetas, peças de cerâmica ou grades de ferro quanto em projetos de fachadas, portais e edifícios.
Mesmo criticado por alguns colegas contemporâneos por suas obras rebuscadas, nada previsíveis e nunca retilíneas, Gaudí teve uma legião de seguidores e artistas que se deixaram influenciar por sua genialidade. A arte de Gaudí não dá espaço para a simplicidade ou ao minimalismo. As peças exibidas no MAM – algumas delas em movimento – são oriundas do Museu de Arte da Catalunha, Museu do Templo Expiatório da Sagrada Família e da Fundação Catalunya La Pedrera.
Segundo a curadora do Instituto Tomie Ohtake – instituição que também viabilizou a vinda de obras inéditas de Salvador Dalí, em 2014, e Pablo Picasso, em 2016 – a virada de Barcelona em 1900 marca o momento em que a cidade buscava aumentar seu traçado urbano. Priscila Gomes destaca que é neste momento que surgem novos arquitetos e designers para marcar essa nova era. “Gaudí é um arquiteto que assombra por sua genialidade – pensando volumetricamente sua produção, buscando na natureza suas formas geométricas. O ovo de uma galinha, por exemplo, inspira a produção de algumas de suas janelas”, ressalta.
Quem for ao MAM verá ainda a grade de ferro da Casa Vicens – um dos carros-chefe do artista – a abóbada do cruzeiro da Basílica Sagrada Família, as maquetes do Castel de Tres Dragons, da Casa Batiló, cerâmica vitrificada e decorativa criada pelo próprio Gaudí, além de estudos de formas e colunas somente possíveis graças à genialidade do arquiteto, o único da História a concorrer à santidade.
Isso mesmo. A extrema religiosidade de Antoni Gaudí i Cornet leva o Vaticano a estudar sua beatificação. Se operou milagres que justifiquem a condição de santo? Basta visitar a exposição no MAM e concluir por conta própria. O museu não abre às segundas. A entrada é gratuita às quartas-feiras. Nos demais dias, o ingresso custa R$ 14,00, a meia entrada custa R$ 7,00.Por Claudio Carneiro
Visitantes sob a abóbada do cruzeiro da Basílica Sagrada Família (Fotos: Claudio Carneiro)
Até o dia 30 de abril, o público carioca terá a oportunidade de ver mais de cem obras – entre objetos, mobiliário e maquetes – criados pelo mestre catalão Antoni Gaudí, arquiteto cujo simbolismo se confunde com a própria Barcelona, cidade que reúne suas principais obras – desde portões a igrejas e edifícios. O Museu de Arte Moderna (MAM) abre suas portas para a exposição “Gaudí, Barcelona 1900”. Completam a mostra cerca de 40 trabalhos de artistas e artesãos influenciados pelo grande artista e a avançada cena de Barcelona naquele início de século XX.
Maquete da Casa Batiló
Destaque para a maquete do conjunto da Basílica da Sagrada Família – obra inacabada do artista que,aos 73 anos, foi atropelado e morto por um bonde no cruzamento da rua Gran Vía de las Cortes com a rua Bailén, em Barcelona. A exposição no MAM é rica em modelos tridimensionais que ressaltam a genialidade do design do arquiteto, tanto na confecção de maçanetas, peças de cerâmica ou grades de ferro quanto em projetos de fachadas, portais e edifícios.
Mesmo criticado por alguns colegas contemporâneos por suas obras rebuscadas, nada previsíveis e nunca retilíneas, Gaudí teve uma legião de seguidores e artistas que se deixaram influenciar por sua genialidade. A arte de Gaudí não dá espaço para a simplicidade ou ao minimalismo. As peças exibidas no MAM – algumas delas em movimento – são oriundas do Museu de Arte da Catalunha, Museu do Templo Expiatório da Sagrada Família e da Fundação Catalunya La Pedrera.
Segundo a curadora do Instituto Tomie Ohtake – instituição que também viabilizou a vinda de obras inéditas de Salvador Dalí, em 2014, e Pablo Picasso, em 2016 – a virada de Barcelona em 1900 marca o momento em que a cidade buscava aumentar seu traçado urbano. Priscila Gomes destaca que é neste momento que surgem novos arquitetos e designers para marcar essa nova era. “Gaudí é um arquiteto que assombra por sua genialidade – pensando volumetricamente sua produção, buscando na natureza suas formas geométricas. O ovo de uma galinha, por exemplo, inspira a produção de algumas de suas janelas”, ressalta.
Quem for ao MAM verá ainda a grade de ferro da Casa Vicens – um dos carros-chefe do artista – a abóbada do cruzeiro da Basílica Sagrada Família, as maquetes do Castel de Tres Dragons, da Casa Batiló, cerâmica vitrificada e decorativa criada pelo próprio Gaudí, além de estudos de formas e colunas somente possíveis graças à genialidade do arquiteto, o único da História a concorrer à santidade.
Isso mesmo. A extrema religiosidade de Antoni Gaudí i Cornet leva o Vaticano a estudar sua beatificação. Se operou milagres que justifiquem a condição de santo? Basta visitar a exposição no MAM e concluir por conta própria. O museu não abre às segundas. A entrada é gratuita às quartas-feiras. Nos demais dias, o ingresso custa R$ 14,00, a meia entrada custa R$ 7,00.Por Claudio Carneiro
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