CIÊNCIA-PESQUISA

Cientistas descobrem beija-flor da mata atlântica que canta em frequência ultrassônica
© Getty- imagem ilustrativa Uma espécie de beija-flor com um canto ultrassônico intriga a ciência desde 2015. Isso porque o tipo de vocalização aguda e acima do limite audível para nós, humanos, é até comum para outros mamíferos, como morcegos e cetáceos (baleias e golfinhos), mas é raro em aves. Mas um beija-flor brasileiro é único em apresentar esse tipo de frequência sonora, e a suspeita é de usá-la justamente para fugir da competição sinfônica de outras aves. A descoberta, liderada pelo neurocientista brasileiro e professor da Escola de Medicina de Oregon (EUA) Cláudio Mello, conta com a participação de pesquisadores da Universidade do Arizona e da Rockfeller University, ambas também americanas, e da Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte (PUC-BH) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Chamada de beija-flor preto da cauda branca (Florisuga fusca), a ave, endêmica da mata atlântica, é capaz tanto de produzir sons quanto escutá-los acima de 10 quilo Hertz de frequência (considerado elevado). Para se ter uma ideia, a maioria das aves canta dentro da frequência sonora intermediária, de 0,5 a 6 kHz, com a média em 2 a 3 kHz. Já os indivíduos de Florisuga estudados cantavam em uma frequência média de 11,8 kHz. Já a faixa considerada audível para o ouvido humano vai de 0,2 a 20 kHz.FOLHAPRESS

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