REINO UNIDO

Comissão pede que Boris Johnson tenha acesso vetado ao Parlamento britânico
© Stefan Wermuth/Bloomberg via Getty Images O ex-premiê do Reino Unido Boris Johnson enganou os parlamentares britânicos sobre festas das quais participou durante lockdowns na pandemia de coronavírus. A conclusão consta em relatório divulgado nesta quinta-feira (15) por uma comissão de inquérito do Parlamento, após investigação de 14 meses. Em tom duro, a comissão enfatiza não haver precedentes na história do Reino Unido para tal ato, feito de forma deliberada pelo ex-premiê, segundo o documento. "O desacato foi ainda mais sério porque foi cometido pelo [então] primeiro-ministro, o membro mais sênior do governo", diz trecho do relatório. O documento com mais de 100 páginas detalha seis eventos na Downing Street, sede do governo britânico, no escândalo que ficou conhecido como partygate. Imagens e documentos que vieram à tona revelaram que Boris violou as regras de distanciamento estabelecidas por sua própria gestão para combater a Covid-19 e participou de uma série de encontros e festas no local. Segundo a comissão, as ações de Boris teriam justificado uma suspensão de 90 dias caso ele não tivesse renunciado ao cargo de parlamentar na última sexta-feira (9). Ele deixou o posto para evitar eventuais punições após receber uma carta do Comitê de Privilégios da Câmara dos Comuns, o mais importante órgão disciplinar dos legisladores britânicos, com informações sobre o processo. O relatório do comitê, que ainda será submetido à votação entre os parlamentares, pede que Boris tenha o acesso vetado à sede do Parlamento, privilégio que costuma ser concedido aos ex-premiês britânicos. Uma sessão parlamentar para discutir o documento está marcada para a próxima segunda-feira (19).FOLHAPRESS

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