Consertando corações partidos


Pesquisadores conseguiram reparar corações com células-tronco (Reprodução/Economist)

Foi uma semana confusa para os defensores da medicina regenerativa. Essa é a ideia de que órgãos desgastados podem ser reparados – ou até mesmo substituídos – com a utilização de células-tronco. Uma célula-tronco é uma célula que, ao se dividir, gera outras células que permanecem como células-tronco, enquanto outras se transformam em tecido. Células-tronco encontradas em embriões podem gerar uma grande variedade de tipos de tecido. As encontradas em adultos são mais limitadas: se transformam em glóbulos sangüíneos, por exemplo, ou células musculares.
A má notícia para aqueles que tinham esperanças nesse campo é que a Geron, uma empresa americana que foi pioneira no uso terapêutico de células-tronco, está largando o negócio. Está sendo cancelado (ou vendido, se conseguirem encontrar um comprador) um projeto que testava células-tronco embrionárias como tratamento para pessoas paralisadas por danos feitos à sua medula espinhal. A razão, eles declararam, é financeira. Em tempos em que levantar capital está sendo difícil, a empresa decidiu se concentrar em terapias anti-câncer que, eles esperam, estão mais próximas de poderem ser propostas comerciais do que o estudo das células-tronco.
A boa notícia para a área de terapia com células-tronco vem de um artigo publicado na Lancet dessa semana por Roberto Bolli da Universidade de Louisville e seus colegas. Eles usaram mais células tronco especializadas – que geram apenas células cardíacas – para reparar os corações de pessoas com insuficiência cardíaca. Se o seu método puder se tornar rotina, vai trazer enormes benefícios. Doença coronária é a principal causa de morte do mundo.
Fonte: The Economist

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