' LIVROS SUBVERSIVOS '
Palmares é processada por uso indevido de tese em sua lista de 'livros subversivos'
© Reprodução / Facebook
Professor universitário e estudioso da história do movimento negro, Deivison Moacir Cezar de Campos está movendo uma ação na Justiça contra a Fundação Cultural Palmares, alegando que a instituição usou indevidamente um trecho de sua dissertação de mestrado no relatório do ano passado em que o órgão justifica o expurgo de livros de sua biblioteca.
Em seu mestrado, Campos estudou como o Grupo Palmares de Porto Alegre foi um dos articuladores da data que se tornaria o feriado de 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, ainda durante os anos da ditadura militar.
O trecho em questão está no resumo de sua dissertação e foi reproduzido na página 19 do relatório da fundação, intitulado "Retrato do Acervo: Três Décadas de Dominação Marxista na Fundação Cultural Palmares".
"Ao afirmar-se e organizar-se como grupo etnico, adotam uma postura e um discurso subversivo que coloca em cheque [sic] conceitos estruturantes da sociedade brasileira como democracia racial, identidade e cultura nacional", diz o trecho, em referência ao Grupo Palmares.
As frases aparecem no relatório num contexto que põe o Grupo Palmares contra o Estado, afirmando que o coletivo era "um movimento datado, de mentalidade revolucionária e marxista". FOLHAPRESS
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