NICOLA-STURGEON

Nicola Sturgeon, defensora da independência da Escócia, renuncia como primeira-ministra
© Getty Images A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, surpreendeu aliados e rivais ao anunciar sua renúncia ao cargo nesta quarta (15). Uma das maiores defensoras da independência do país e primeira mulher a chefiá-lo, ela foi a líder mais duradoura do governo semiautônomo -ficou no poder por mais de oito anos. Em um encontro com jornalistas convocado às pressas, Sturgeon alegou que sua decisão não tem relação direta com polêmicas dos últimos meses, que incluem atritos constantes com o governo central do Reino Unido e debates calorosos acerca de políticas sobre identidade de gênero. Muitos especulavam que a renúncia teria sido motivada por uma controvérsia recente envolvendo uma dessas medidas, em que seu governo afirmou que revisaria a gestão de presídios para impedir que pessoas trans com histórico de violência de gênero ficassem detidas em presídios femininos. Sturgeon negou que o caso tenha influenciado sua decisão, mas reconheceu que um dos motivos para a renúncia foi o entendimento de que ela se tornou uma figura polarizadora demais na já dividida política escocesa. O ideal, então, seria um líder acerca do qual "ainda se não tenha opinião definida", disse ela. "Dar absolutamente tudo de si mesmo é a única forma de exercer essa função, e o país não merece nada menos do que isso. A verdade é que qualquer pessoa só é capaz de fazer isso por um certo tempo. Para mim, esse tempo talvez tenha se estendido demais", disse. O desabafo lembrou de certa forma o discurso de renúncia de Jacinda Ardern, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, há menos de um mês. Para ela, governar exige "um tanque cheio e mais um pouco de gasolina na reserva para os desafios inesperados". Sturgeon não deixará o cargo imediatamente, de modo a permitir que seu partido, o SNP (Partido Nacional Escocês, na sigla em inglês) organize as eleições. Ela também ressaltou que não pretende deixar a política -e que seguirá advogando pela independência da Escócia, sua principal bandeira política. FOLHAPRESS

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