CÂMARA DOS DEPUTADOS

Novo 'blocão' inclui aliados do PT e mostra força de Lira sobre Lula
© Getty O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conseguiu formar o maior bloco parlamentar da Casa, com nove partidos e 173 deputados. O novo grupo será o fiel da balança em qualquer votação importante para o Palácio do Planalto. Com o arranjo, Lira mostra poder em relação à governabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A composição foi anunciada nesta quarta, 12, um dia depois da instalação de comissões mistas para analisar medidas provisórias de Lula, em uma queda de braço perdida por Lira no duelo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O senador está na China com o petista, em viagem oficial (mais informações na página ao lado). O "blocão", como já é conhecido, abriga PP, União Brasil, PSB, PDT, PSDB-Cidadania, Solidariedade, Avante e Patriota. Embora conte com partidos de centro-esquerda e aliados do governo, como PDT e PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin, o grupo isolou a federação PT-PCdoB-PV, com 81 deputados, e também o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 99. O movimento de Lira ocorreu após o racha do Centrão, que ele lidera. Há duas semanas, o Republicanos, que integrava o núcleo duro do Centrão, deixou o grupo para formar um bloco com MDB, PSD, Podemos e PSC, com 142 deputados. A nova correlação de forças também envolve cargos e até a antecipação da disputa pela presidência da Câmara, daqui a dois anos. Em sua rápida reação, Lira mandou recados ao Planalto, que depende de suas articulações políticas. Líderes de partidos afirmaram, porém, que o "blocão" pode fortalecer Lula. Até mesmo o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), vetado pelo PT para ocupar um cargo na Esplanada, disse que não há interesse do grupo em criar "qualquer tipo de celeuma" com o governo.ESTADAO

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