ILHAS CANÁRIAS

Ilhas Canárias confinam 3.000 pessoas após novo fluxo de lava de vulcão atingir o mar
© Reprodução IPMA e Copernicus As autoridades de La Palma, nas ilhas Canárias, determinaram o confinamento de cerca de 3.000 pessoas nesta segunda-feira (22) devido à chegada de um novo fluxo de lava do vulcão Cumbre Vieja ao mar, processo que pode liberar gases nocivos à saúde. Segundo divulgou o serviço de emergência 112 no Twitter, o confinamento determinado pelo Plano de Emergência Vulcânica das Ilhas Canárias (Pevolca) impacta a população de San Borondón, Tezacorte e do trecho entre El Cardón e Camino Los Palomares, no norte. A chegada ao mar desse novo fluxo de lava, o terceiro desde que o Cumbre Vieja entrou em erupção há 64 dias, leva ainda à formação de um novo delta. Desta vez, o fenômeno se dará na área chamada de El Perdido, de acordo com o jornal espanhol El País, situada a pouco menos de 2 quilômetros ao norte do anexo que surgiu em 28 de setembro. Apesar de os fluxos de lava afetarem apenas o oeste da ilha, as cinzas vulcânicas voltaram a obrigar nesta segunda a suspensão das operações do aeroporto de Santa Cruz de la Palma, capital da ilha, que se encontra na região leste. A companhia aérea regional Binter, a principal a operar ligações com as ilhas vizinhas, anunciou o cancelamento de todos os voos de e para La Palma. Além disso, o diretor técnico do Pevolca, Miguel Ángel Morcuende, recomendou que os habitantes da capital se protejam com máscaras PFF2 do dióxido de enxofre e de outras partículas nocivas suspensas no ar pela erupção. É a primeira vez que esse tipo de recomendação é feita. As pessoas que sofrem de problemas respiratórios ou cardíacos devem ficar em casa e limitar absolutamente suas saídas, aconselhou. O Cumbre Vieja já entrou em seu terceiro mês de erupção sem fim à vista, afetando quase 1.500 edifícios até o momento –dos quais quase 1.100 são residências. De acordo com os últimos dados do sistema europeu de medição geoespacial Copernicus, a lava já cobriu 1.065 hectares das ilhas. Além do impacto nos imóveis, as formações de deltas modificam a geografia da ilha, criando um limbo jurídico quanto aos terrenos costeiros. A lei espanhola determina que a primeira faixa de uma costa integra o domínio público marítimo-terrestre, ou seja, pertence ao Estado. FOLHAPRESS

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