PNEUS
Pneus evoluem para gastar menos energia e perdem até o ar
© Reuters
O que hoje é chamado de pneu surgiu como um aro sólido de borracha. Graças ao processo de vulcanização, criado há 183 anos por Charles Goodyear (1800-1860), essas tiras revestiam rodas de madeira ou ferro e rodavam desconfortavelmente em bicicletas e carruagens.
O ar só entrou na história em 1888, quando John Boyd Dunlop (1850-1921) instalou uma câmara para enchimento e revolucionou a estrutura do componente. Mas a roda gira, e tudo pode mudar novamente.A evolução dos carros tem feito as fabricantes investirem em soluções que aumentem a segurança e reduzam o consumo de combustível.
Enquanto um automóvel elétrico pode ganhar preciosos quilômetros de autonomia com o uso de novos compostos nos pneus, evitar a perda repentina de pressão é fundamental para que um veículo autônomo não se envolva em acidentes. O ar pode, portanto, sair de cena. Ou não.
Para a Michelin, o futuro combina pneu e roda em um só conjunto. O Uptis (sigla em inglês para sistema exclusivo de pneus à prova de furos) é anunciado como revolucionário, já que elimina a necessidade de ser enchido para pleno funcionamento.
Embora tenha sido apresentada pela primeira vez em 2005 (com o nome Tweel) e aplicada comercialmente em maquinário pesado, a tecnologia só agora está pronta para chegar aos carros de passeio, o que deve ocorrer em 2024.
Éric Vinesse, vice-presidente-executivo de pesquisa e desenvolvimento na Michelin, explica que o desenvolvimento do Uptis é feito em colaboração com a General Motors. "Essa parceria fortalece ainda mais nosso propósito de inovar, relacionado ao conceito Vision", afirma o executivo.FOLHAPRESS
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