COLÔMBIA-FARC

Justiça reparatória tem dificuldades, mas fechará feridas das Farc, diz chefe de tribunal
© . Em um lado do tribunal estavam ex-membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), com seu líder Rodrigo Londoño, o Timochenko. A audiência, em que foi apresentado um relatório que lista mais de 21 mil sequestros orquestrados pela guerrilha, foi transmitida ao vivo aos familiares das vítimas. Timochenko assumiu "responsabilidade individual e coletiva" pelo que chamou de "crimes abomináveis". O reconhecimento por parte dos líderes do grupo é parte do trabalho da Justiça Especial para a Paz (JEP), tribunal formado com os acordos de 2016 para tentar acabar com o conflito iniciado nos anos 1960. A JEP será a responsável pelos casos envolvendo guerrilheiros e militares acusados de delitos durante o período. O tribunal emitirá, em breve, condenações aos envolvidos, mas essas penas serão reparatórias, não punitivas. Em geral, não envolvem sentenças de prisão. Aqueles que forem considerados culpados terão de realizar trabalhos comunitários e outras ações de retratação às famílias de suas vítimas. Eduardo Cifuentes, presidente da JEP, diz acreditar que, apesar das dificuldades e da resistência ao modelo, o mecanismo fechará as feridas abertas pelas Farc. Ele também afirma que uma ampliação da justiça reparatória deve ser um debate entre o presidente eleito, Gustavo Petro, e a sociedade colombiana. FOLHAPRESS

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