PGR X LAVA JATO
Disputa entre PGR e lava jato enfraquece Moro, dizem especialistas
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A troca de farpas entre a cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Operação Lava Jato enfraquece a imagem do ex-ministro Sérgio Moro e tem potencial até para minar um possível projeto político do ex-juiz nas eleições presidenciais de 2022, segundo cientistas políticos ouvidos pelo Estadão.
Nas últimas semanas, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disparou uma série de críticas à Operação, especialmente aos membros da força-tarefa no Paraná. Nesta quarta, 29, ele afirmou que "é hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure" e falou ainda em "caixa de segredos" e busca por transparência no Ministério Público Federal (MPF).
"Um conflito dessa natureza pode minar o projeto político de Moro e ao mesmo tempo enfraquecer o coração da Lava Jato em Curitiba, sobretudo os procuradores que ganharam os holofotes ao longo desses anos, como o Deltan Dallagnol", diz o cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marco Antônio Teixeira. Para ele, investigações envolvendo a Operação devem atingir diretamente o ex-ministro da Justiça. "As acusações de Aras são graves. E vão em consonância com o que o ex-presidente Lula e o PT falavam lá atrás."
Para o MPF, o embate pode significar a diminuição do poder dos procuradores e o aumento da prestação de contas sobre suas atuações, diz Vanessa Elias de Oliveira, doutora em Ciência Política e professora associada da Universidade Federal do ABC (UFABC).
Do ponto de vista eleitoral, ela diz que a diminuição de poder da Lava Jato impacta negativamente o uso político do combate à corrupção. "Se os poderes dos lavajatistas são minorados, também o são suas possíveis influências políticas nas próximas eleições." ESTADAO
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A troca de farpas entre a cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Operação Lava Jato enfraquece a imagem do ex-ministro Sérgio Moro e tem potencial até para minar um possível projeto político do ex-juiz nas eleições presidenciais de 2022, segundo cientistas políticos ouvidos pelo Estadão.
Nas últimas semanas, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disparou uma série de críticas à Operação, especialmente aos membros da força-tarefa no Paraná. Nesta quarta, 29, ele afirmou que "é hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure" e falou ainda em "caixa de segredos" e busca por transparência no Ministério Público Federal (MPF).
"Um conflito dessa natureza pode minar o projeto político de Moro e ao mesmo tempo enfraquecer o coração da Lava Jato em Curitiba, sobretudo os procuradores que ganharam os holofotes ao longo desses anos, como o Deltan Dallagnol", diz o cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marco Antônio Teixeira. Para ele, investigações envolvendo a Operação devem atingir diretamente o ex-ministro da Justiça. "As acusações de Aras são graves. E vão em consonância com o que o ex-presidente Lula e o PT falavam lá atrás."
Para o MPF, o embate pode significar a diminuição do poder dos procuradores e o aumento da prestação de contas sobre suas atuações, diz Vanessa Elias de Oliveira, doutora em Ciência Política e professora associada da Universidade Federal do ABC (UFABC).
Do ponto de vista eleitoral, ela diz que a diminuição de poder da Lava Jato impacta negativamente o uso político do combate à corrupção. "Se os poderes dos lavajatistas são minorados, também o são suas possíveis influências políticas nas próximas eleições." ESTADAO
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