COMITIVA PARA O G20
Militar de comitiva de Bolsonaro é preso com cocaína na Espanha
Droga estava na bagagem de mão do militar, dividida em 37 pacotes (Foto: Alan Santos/PR)
Um militar que integra a comitiva do presidente Jair Bolsonaro para a reunião do G20, foi preso em Sevilha, na Espanha, com 39 quilos de cocaína. A detenção ocorreu na última terça-feira, 25.
O militar estava no avião reserva da comitiva para o G20, que ocorre em Osaka, no Japão, e carregava a droga, dividida em 37 pacotes, em sua bagagem de mão, segundo um porta-voz da Guarda Civil espanhola. Apesar de não ter sido identificado, fontes na polícia espanhola disseram à rede BBC que o militar tem 38 anos e é casado.
O militar foi encaminhado para o comando da Guarda Civil. Na próxima quinta-feira, 27, ele deve passar a responder judicialmente por crime contra a saúde pública.
A detenção foi confirmada pelo Ministério da Defesa, através de um comunicado, e pelo presidente Bolsonaro, que falou sobre o caso nas redes sociais. A nota do Ministério da Defesa informa que a Pasta e o Comando da Aeronáutica “repudiam atos dessa natureza”. Já Bolsonaro afirmou que determinou “imediata colaboração” com a Polícia da Espanha para a elucidação do caso.
“As Forças Armadas têm em seu contingente cerca de 300 mil homens e mulheres formados nos mais íntegros princípios da ética e da moralidade. Caso seja comprovado o envolvimento do militar nesse crime, o mesmo será julgado e condenado na forma da lei”, escreveu o presidente.
Bolsonaro faria uma parada na Espanha nesta quarta-feira, 26, antes de seguir viagem para o Japão. No entanto, após a prisão, a equipe do presidente mudou a rota, passando a fazer escala em Portugal, onde aterrissou nesta manhã.
Desde a campanha presidencial, Bolsonaro prometia endurecer a política antidrogas no Brasil. No último dia 6 de junho, o governo federal sancionou uma lei que permite a internação involuntária de um dependente químico, além de endurecer a política nacional antidrogas.
O caso do militar portando drogas em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), porém, não foi o primeiro. Segundo o El País, em 1999, três militares foram pegos transportando 33 quilos de cocaína, em um avião da FAB, com destino à França, sendo descobertos nas Ilhas Canárias. Dois dos militares já tinham perdido o posto, mas o comandante só foi expulso pelo Tribunal Supremo Militar em abril deste ano. Ele foi condenado a 16 anos de prisão.
Reação da oposição
Pelas redes sociais, alguns parlamentares de oposição se manifestaram sobre o caso. A prisão do militar estava, na manhã desta quarta-feira, entre os assuntos mais debatidos nas mídias sociais. Um dos alvos de questionamento da oposição foi o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Isso porque, na noite da última terça-feira, Moro postou uma foto em que visitava a Divisão de Operações Especiais do Departamento Antidrogas dos Estados Unidos (DEA, em inglês). Na legenda da imagem, o ministro da Justiça afirmou que buscava “aprofundar os laços para a cooperação internacional”.
Entre os comentários, membros da oposição e internautas ironizavam a foto postada por Moro. O presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, por exemplo, pediu para que o ministro da Justiça aproveitasse a visita e perguntasse como era possível que a comitiva de Bolsonaro para o Japão estivesse transportando 39 quilos de cocaína “sem ninguém perceber”. Diferentes outros comentários seguiam a mesma linha.
“Mula qualificada”
O vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, que atua como chefe de Estado durante a viagem de Bolsonaro ao G20, também se posicionou sobre a prisão do militar. Segundo Mourão, o brasileiro detido agia como uma “mula qualificada”, pois “não comprou na esquina” a cocaína que carregava.
Mourão garantiu ainda que o militar sofrerá uma “punição bem pesada”, mas lembrou que não é a primeira vez que um caso desses acontece nas Forças Armadas, que não estão “imunes” ao “flagelo das drogas”. Ainda segundo o vice-presidente, em entrevista à Rádio Gaúcha, o militar estaria no avião de Bolsonaro no retorno ao Brasil.
“O que acontece, quando tem estas viagens, vai uma tripulação que fica no meio do caminho. Então, quando o presidente voltasse agora do Japão, essa tripulação iria embarcar no avião dele”, destacou Mourão, segundo noticiou ao portal G1.
Droga estava na bagagem de mão do militar, dividida em 37 pacotes (Foto: Alan Santos/PR)
Um militar que integra a comitiva do presidente Jair Bolsonaro para a reunião do G20, foi preso em Sevilha, na Espanha, com 39 quilos de cocaína. A detenção ocorreu na última terça-feira, 25.
O militar estava no avião reserva da comitiva para o G20, que ocorre em Osaka, no Japão, e carregava a droga, dividida em 37 pacotes, em sua bagagem de mão, segundo um porta-voz da Guarda Civil espanhola. Apesar de não ter sido identificado, fontes na polícia espanhola disseram à rede BBC que o militar tem 38 anos e é casado.
O militar foi encaminhado para o comando da Guarda Civil. Na próxima quinta-feira, 27, ele deve passar a responder judicialmente por crime contra a saúde pública.
A detenção foi confirmada pelo Ministério da Defesa, através de um comunicado, e pelo presidente Bolsonaro, que falou sobre o caso nas redes sociais. A nota do Ministério da Defesa informa que a Pasta e o Comando da Aeronáutica “repudiam atos dessa natureza”. Já Bolsonaro afirmou que determinou “imediata colaboração” com a Polícia da Espanha para a elucidação do caso.
“As Forças Armadas têm em seu contingente cerca de 300 mil homens e mulheres formados nos mais íntegros princípios da ética e da moralidade. Caso seja comprovado o envolvimento do militar nesse crime, o mesmo será julgado e condenado na forma da lei”, escreveu o presidente.
Bolsonaro faria uma parada na Espanha nesta quarta-feira, 26, antes de seguir viagem para o Japão. No entanto, após a prisão, a equipe do presidente mudou a rota, passando a fazer escala em Portugal, onde aterrissou nesta manhã.
Desde a campanha presidencial, Bolsonaro prometia endurecer a política antidrogas no Brasil. No último dia 6 de junho, o governo federal sancionou uma lei que permite a internação involuntária de um dependente químico, além de endurecer a política nacional antidrogas.
O caso do militar portando drogas em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), porém, não foi o primeiro. Segundo o El País, em 1999, três militares foram pegos transportando 33 quilos de cocaína, em um avião da FAB, com destino à França, sendo descobertos nas Ilhas Canárias. Dois dos militares já tinham perdido o posto, mas o comandante só foi expulso pelo Tribunal Supremo Militar em abril deste ano. Ele foi condenado a 16 anos de prisão.
Reação da oposição
Pelas redes sociais, alguns parlamentares de oposição se manifestaram sobre o caso. A prisão do militar estava, na manhã desta quarta-feira, entre os assuntos mais debatidos nas mídias sociais. Um dos alvos de questionamento da oposição foi o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Isso porque, na noite da última terça-feira, Moro postou uma foto em que visitava a Divisão de Operações Especiais do Departamento Antidrogas dos Estados Unidos (DEA, em inglês). Na legenda da imagem, o ministro da Justiça afirmou que buscava “aprofundar os laços para a cooperação internacional”.
Entre os comentários, membros da oposição e internautas ironizavam a foto postada por Moro. O presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, por exemplo, pediu para que o ministro da Justiça aproveitasse a visita e perguntasse como era possível que a comitiva de Bolsonaro para o Japão estivesse transportando 39 quilos de cocaína “sem ninguém perceber”. Diferentes outros comentários seguiam a mesma linha.
“Mula qualificada”
O vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, que atua como chefe de Estado durante a viagem de Bolsonaro ao G20, também se posicionou sobre a prisão do militar. Segundo Mourão, o brasileiro detido agia como uma “mula qualificada”, pois “não comprou na esquina” a cocaína que carregava.
Mourão garantiu ainda que o militar sofrerá uma “punição bem pesada”, mas lembrou que não é a primeira vez que um caso desses acontece nas Forças Armadas, que não estão “imunes” ao “flagelo das drogas”. Ainda segundo o vice-presidente, em entrevista à Rádio Gaúcha, o militar estaria no avião de Bolsonaro no retorno ao Brasil.
“O que acontece, quando tem estas viagens, vai uma tripulação que fica no meio do caminho. Então, quando o presidente voltasse agora do Japão, essa tripulação iria embarcar no avião dele”, destacou Mourão, segundo noticiou ao portal G1.
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