DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Placa destruída é recolocada em exposição na Câmara

Placa foi recolada na noite da última quarta-feira, 20 (Foto: Jandira Feghali/Twitter)

O Dia da Consciência Negra foi celebrado na última quarta-feira, 20. No entanto, um episódio, ocorrido nos corredores do Congresso Nacional, marcou negativamente a data, sendo classificado como um caso de racismo, censura e um ataque à arte e à cultura.

Na última terça-feira, 19, na véspera da data, o deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) gravou um vídeo nas redes sociais arrancando e rasgando uma ilustração com o tema “O Genocídio da População Negra”.

A arte fazia parte de uma exposição na Câmara. Na imagem, um policial, com uma arma fumegante em mãos, aparece de costas, com um homem negro, algemado e envolto na bandeira do Brasil, caído após ser vítima do disparo.

Abaixo da imagem, a placa explicava que, com base no Atlas da Violência, levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea), os homens jovens e negros são as vítimas mais frequentes de homicídios no Brasil. Ademais, os jovens negros também são as principais vítimas de ações letais da polícia, assim como também compõem o perfil predominante na população carcerária brasileira.

“Claro que o racismo é crime. É a coisa mais abominável hoje no seio da nossa sociedade brasileira e mundial. Isso é racismo. Policial de boina preta, arma na mão, sujeito negro… Isso é o que? Quer dizer o que? Que a polícia só mata preto? [Palavrões censurados] Isso aqui não vai ficar na parede. Isso aqui é contra a polícia. Polícia tá pra defender a sociedade. […] Eu vou queimar esse cartaz aqui, que não deveria tá aqui”.

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