CORONAVÍRUS ALEMANHA

Alemanha considera que pandemia da Covid-19 é "controlável" no país

O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahnin. EFE/SEAN GALLUP/POOL

O governo da Alemanha considerou nesta sexta-feira, um mês após a introdução de medidas restritivas para controlar a disseminação da Covid-19, que a pandemia no país é "controlável".

Durante entrevista coletiva para fazer uma primeira avaliação da eficácia das medidas adotadas, o ministro da Saúde, Jens Spahn, afirmou que a "parada total" acordada há quatro semanas pelo governo federal e os estados foi um "sucesso" e estava convencido de que o surto é "controlável".

Ele disse que houve uma mudança de um crescimento dinâmico das infecções para uma evolução linear e salientou que em momento algum o sistema de saúde alemão entrou em colapso.

Nesse sentido, ele destacou a "estreita rede" de consultas médicas e médicos de família que contribuíram para o atendimento aos infectados e observou que seis em cada sete casos foram atendidos e acompanhados em regime ambulatório.

Ele também elogiou o fato de os hospitais terem conseguido expandir o número de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para 40 mil, mas alertou que as 10 mil camas gratuitas atualmente não podem ser mantidas indefinidamente.

Além disso, apontou o "difícil equilíbrio" de manter os leitos livres para possíveis pessoas infectadas pelo coronavírus e de retomar as operações adiadas, o que para os afetados representa um "fardo psicológico", por isso anunciou o retorno a um "novo normal" nas clínicas de meados de maio.

O ministro da Saúde também se referiu aos mais de 1,7 milhão de testes realizados até agora na Alemanha, cerca de 350 mil por semana, acrescentando que os laboratórios podem até dobrar esse número, mas lembrou que existem limites estabelecidos pela capacidade da rede de saúde para praticá-los.

Quanto à escassez de máscaras, tão necessária para "aqueles que lutam na linha de frente" contra o coronavírus, Jens Spahn relatou que 80 milhões de unidades chegaram à Alemanha nesta semana, incluindo 20 milhões do tipo FFP2 para o pessoal de saúde.

E ele insistiu que a prioridade do governo não é, no momento, obrigar o uso de máscaras, mas confia na "responsabilidade" dos cidadãos de reconhecer sua utilidade sem precisar impor seu uso.

"Temos que aprender a conviver com o vírus", disse ele, e estava convencido de que a Alemanha tem "boas oportunidades para superar bem esse período epidêmico".EFE

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