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Tûranor PlanetSolar deve completar a volta ao mundo usando energia solar e baterias de lítio

Energia solar é usada em navio

Ancorado no Porto de Victoria em Hong Kong, o Tûranor PlanetSolar é um navio que está dando a volta ao mundo para provar que a energia solar pode alimentar as viagens marítimas. Concebido na Nova Zelândia, construído na Alemanha e viajando com bandeira suíça, o navio de pouco mais de 31 metros já completou dois terços de sua viagem, que começou em Mônaco em setembro do ano passado. A embarcação já navegou por 38400 quilômetros.

Com seu deck superior coberto por mais de 1615 m² de painéis solares fotovoltaicos, o Tûranor PlanetSolar é diferentes de qualquer navio que você já tenha visto, se assemelhando mais a uma espaçonave do que a algo que navegue pelos sete mares.

Ele atravessou o Atlântico até Miami e passou por locais como o Canal do Panamá, as Ilhas Galápagos, o leste da Austrália e as Filipinas. Nas próximas semanas, o navio deixará Hong Kong rumo a Cingapura antes de seguir para Mumbai, Abu Dhabi e de volta ao Mediterrâneo pelo Canal de Suez.

Durante a jornada, a tripulação, formada por quatro pessoas, monitora o desempenho dos painéis e das baterias de lítio que armazenam energia solar para permitir que o navio continue viajando durante a noite, ou quando o céu está terrivelmente nublado. Até agora, diz o capitão Erwann Le Rouzic, tudo tem corrido de forma tranquila. “Sinto-me como um rato em um laboratório servindo de cobaia para descobrir o que pode ser feito com a energia solar”, brincou.

O Tûranor PlanetSolar, financiado por vários patrocinadores, é um experimento científico, e não algo que será produzido em massa para uso comercial. Além disso, sua rota não se desvia muito do Equador para garantir que o máximo de luz solar esteja disponível, e isso não é uma opção para a indústria de envios comerciais.

A indústria vem testando tecnologias diferentes que poderiam complementar a propulsão dos combustíveis, e a energia solar poderia desempenhar esse papel, disse Arthur Browning, diretor da Associação dos Donos de Navios de Hong Kong, uma das maiores associações do ramo.

O projeto do PlanetSolar, fundado por Raphaël Domjan, um ex-piloto de ambulâncias, guia de montanhas e especialista de resgates, espera passar exatamente essa mensagem. “Não é preciso ser extremo como nós, com 100% de energia solar, mas uma proporção de energia solar poderia ajudar a reduzir as emissões de carbono”.

Para os moradores de Hong Kong, que estão numa das mais movimentadas rotas navais do mundo, e que sofrem com altos níveis de poluição, o ponto de Le Rouzic faz sentido. O combustível usado nos navios contém muito mais nitrogênio e enxofre que a gasolina dos automóveis, o que resulta em emissões particularmente nocivas.

Fonte:The New York Times

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