NANOTECNOLOGIA
Cérebro humano ainda consegue ser mais eficiente que novos chips (Reprodução/Revista Galileu)
Cérebro humano serve de modelo para microchip da IBM
A empresa IBM se espelhou na natureza para criar dois chips minúsculos. Segundo a empresa, os microchips cognitivos foram inspirados no cérebro humano e são capazes de reproduzir a complexidade de conexões do mesmo.
Os chips foram capazes de jogar Pong (antigo jogo eletrônico, que simula tênis de mesa) e identificar dígitos — tarefas já feitas por outros computadores antes. A diferença é que eles não precisaram ser programados para cada uma das atividades. A tecnologia pode até mesmo “aprender” a completar tarefas.
Os neurônios são compostos por uma parte chamada de axônio, responsável por enviar os sinais do sistema nervoso, e por outra chamada de dendrito, que é a parte receptiva da célula nervosa. As informações são passadas de um neurônio a outro por meio das sinapses — que são feitas sem os neurônios se encostarem, através de neurotransmissores.
á os minúsculos chips da IBM são compostos de 256 fios paralelos semelhantes aos dendritos. A “fenda sináptica”, espaço entre os neurônios, são transistores de 45 nanômetros — 1 nanômetro equivale a um bilionésimo do metro. Os transistores atuam como a memória do chip. Um dos chips tem 263.144 transistores, o outro tem 65.536.
Os novos chips usam menos energia do que os convencionais. Isso porque os fios e transistores estão mais próximos do que nos computadores comuns. O objetivo da IBM é construir um supercomputador do tamanho de uma caixa de sapato. Ele teria o equivalente a 10 bilhões de neurônios, 100 trilhões de sinapses e consumiria 1 kilowatt de potência.
Enquanto um computador comum consome apenas centenas de watts, um supercomputador tradicional usa centenas de kilowatts. O cérebro humano, porém, consegue ser ainda mais eficiente: com 100 bilhões de neurônios e 100 trilhões de sinapses, ele consome apenas 20 watts.
A produção dos chips é patrocinada pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançados em Defesa dos Estados Unidos (Darpa).
Fonte: Revista Galileu
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