O velho Mundo em apuros econômicos

Considerando todas as formas de entrada, brasileiros ocupam a quarta posição


Brasileiros são os mais barrados nas fronteiras da Europa

No último ano, mais de seis mil brasileiros foram barrados pelas autoridades européias ao tentar entrar no bloco por via aérea. O número – de 6.072 brasileiros – corresponde a 12% do total de entradas recusadas. A maioria dos casos, cerca de 30%, ocorreu na Espanha, onde 1813 pessoas voltaram ao Brasil por não poder justificar o motivo da viagem ou as condições de estadia. Na França os brasileiros também foram os mais barrados, registrando 673 casos.

Os dados são da pesquisa de uma agência européia de controle de fronteiras, a Frontex. Desde que começou a contabilizar as rejeições, em 2008, o Brasil mantém a primeira posição entre as entradas negadas nos aeroportos europeus. Entretanto, a Frontex informa que o número de casos caiu 24% em 2010, com relação ao ano anterior. “A razão está relacionada à crise econômica. Com menos oportunidades de emprego, a UE se tornou um destino menos atraente”, explico a porta-voz da Frontex.

O segundo lugar no ranking é ocupado pelos Estados Unidos, com 2.338 norte-americanos barrados na UE em 2010, equivalente a 4,8% do total. A lista segue com Nigéria, com 1.717 barrados, e China, com 1.610 rejeitados. A lista dos dez países mais recusados no bloco possui apenas mais dois outros países latino-americanos, o Paraguai, em sexto lugar com 1.495 entradas negadas e a Venezuela, em décimo lugar com 1.183.

Considerando as fronteiras aéreas, terrestres e marítimas, os brasileiros passam a ocupar a quarta posição, com 6.178 entradas negadas, o equivalente a 5,7% do total. Nesta lista os ucranianos ocupam a primeira posição, respondendo por 17% das negativas, um equivalente a 18.743 passageiros, seguidos pelos russos, com 9.165 rejeições e os sérvios, com 6.990.

Fonte: Folha de S. Paulo