As eleições francesas
Para o resto da Europa, uma disputa ‘frívola’
Chegando na reta final, com o primeiro turno sendo decidido domingo, dia 22, as eleições francesas estão sendo vistas com certo tédio pelos próprios franceses – e com olhos bastante críticos pela imprensa. No último 30 de março, a Economist já chamava a atenção para o que deveria ser uma eleição “frívola”, onde as “verdadeiras questões”, como crescimento, competitividade, redução de despesas públicas, estavam dando lugar a assuntos secundários como a carne halal ou a gratuidade das carteiras de motorista.
Até mesmo jornal de centro-esquerda The Indepent previu que os “franceses não votarão pela austeridade, mas é o que eles terão”. De forma mais sombria, um comentarista do Channel 4 observou que o regime adotado por François Hollande não será suficiente e que o candidato “deverá reduzir ainda mais o consumo de bolos de chocolate se quiser equilibrar as contas da França”.
Uma tendência a “negar a realidade” também foi destacada pelos jornais alemães. O Tagesspiegel lamenta que “as grandes questões sobre o destino de um país e da Europa tenham sido simplesmente abandonadas”. Um corte com a realidade que a campanha francesa estenderia ao mundo exterior: há cinco anos, Nicolas Sarkozy anunciava o “retorno da França à Europa”, mas hoje ameaça aplicar a “política da cadeira vazia”, observa o Die Zelt. O hebdomadário faz piada com o lugar que o “modelo alemão” ocupou durante um tempo na campanha, e também com esses franceses que “nós pouco conhecemos e que, em pouco tempo, passaram a nos amar”.
O Il Foglio, jornal de direita italiano, já decidiu: “Um homem qualquer em Paris” é o título de um longo perfil de François Hollande, para quem, segundo a imprensa italiana em geral, a vitória parece estar garantida. Até mesmo Carla Bruni, esposa de Sarkozy, desapareceu das manchetes para dar lugar a Valérie Trierweiler, companheira do candidato socialista.
Fonte: Le Monde
Chegando na reta final, com o primeiro turno sendo decidido domingo, dia 22, as eleições francesas estão sendo vistas com certo tédio pelos próprios franceses – e com olhos bastante críticos pela imprensa. No último 30 de março, a Economist já chamava a atenção para o que deveria ser uma eleição “frívola”, onde as “verdadeiras questões”, como crescimento, competitividade, redução de despesas públicas, estavam dando lugar a assuntos secundários como a carne halal ou a gratuidade das carteiras de motorista.
Até mesmo jornal de centro-esquerda The Indepent previu que os “franceses não votarão pela austeridade, mas é o que eles terão”. De forma mais sombria, um comentarista do Channel 4 observou que o regime adotado por François Hollande não será suficiente e que o candidato “deverá reduzir ainda mais o consumo de bolos de chocolate se quiser equilibrar as contas da França”.
Uma tendência a “negar a realidade” também foi destacada pelos jornais alemães. O Tagesspiegel lamenta que “as grandes questões sobre o destino de um país e da Europa tenham sido simplesmente abandonadas”. Um corte com a realidade que a campanha francesa estenderia ao mundo exterior: há cinco anos, Nicolas Sarkozy anunciava o “retorno da França à Europa”, mas hoje ameaça aplicar a “política da cadeira vazia”, observa o Die Zelt. O hebdomadário faz piada com o lugar que o “modelo alemão” ocupou durante um tempo na campanha, e também com esses franceses que “nós pouco conhecemos e que, em pouco tempo, passaram a nos amar”.
O Il Foglio, jornal de direita italiano, já decidiu: “Um homem qualquer em Paris” é o título de um longo perfil de François Hollande, para quem, segundo a imprensa italiana em geral, a vitória parece estar garantida. Até mesmo Carla Bruni, esposa de Sarkozy, desapareceu das manchetes para dar lugar a Valérie Trierweiler, companheira do candidato socialista.
Fonte: Le Monde
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