ESTUDO FADIGA

Reação de sistema imunológico pode gerar fadiga crônica

As pessoas com essa síndrome sentem dor e cansaço, porque o corpo e o cérebro não conseguem se recuperar após um esforço (Foto: Pixabay)

De acordo com Carmine Pariante, professor de psiquiatria biológica no King’s College, em Londres, o estudo é o primeiro a sugerir um possível envolvimento do sistema imunológico no desenvolvimento da síndrome, uma doença multissistêmica da qual pouco se conhece.

Cerca de 250 mil pessoas no Reino Unido e 17 milhões em outros países sofrem de síndrome de fadiga crônica, segundo dados da ONG britânica Action on Me. Na avaliação dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC) de 836 mil a 2,5 milhões de americanos têm sintomas de SFC.

Pariante e seus colegas basearam sua pesquisa nos efeitos colaterais do medicamento Interforon Alfa 2 A no tratamento da hepatite C crônica.

Os pesquisadores avaliaram os sinais de fadiga e da resposta do sistema imunológico de 55 pacientes tratados com Interferon Alfa. Dezoito pacientes mostraram sintomas de fadiga durante mais de seis meses após o tratamento. Esse grupo também teve um aumento no nível das proteínas interleucina-10 e interleucina-6, que fortalecem o sistema imunológico.

Em geral, os médicos só descobrem que os pacientes têm síndrome de fadiga crônica de cinco a 10 anos depois que surgem os primeiros sintomas, como dores de cabeça, dificuldade de concentração e de realização de atividades.

Segundo Charles Shepherd, consultor na área de medicina da ME Association no Reino Unido, muitos médicos ainda têm dificuldade para diagnosticar e tratar de forma eficaz a encefalomielite miálgica em razão dos poucos estudos sobre a doença.

Além da interferência do sistema imunológico, o estudo de Pariante e seus colegas mostrou que uma infecção viral forte ou um acontecimento estressante pode ocasionar a síndrome de fadiga crônica.

As pessoas com essa síndrome sentem dor e cansaço, porque o corpo e o cérebro não conseguem se recuperar após um esforço, mesmo pequeno. De acordo com dados da Association ME, cerca de um quarto das pessoas com sintomas mais graves da doença não consegue se levantar da cama, sair de casa ou só se locomove em cadeira de rodas.CNN

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