NATAL

A difícil arte de dar presentes

Presentear é uma maneira de expressar afeição por alguém (Foto: Pexels)

O Natal se aproxima e é preciso pensar nos presentes para a família e amigos. A escolha cuidadosa dos presentes, de acordo com quem vai receber e o orçamento disponível, é uma tarefa complexa.

No Reino Unido, uma família gasta em média cerca de £ 500 em presentes de Natal, uma quantia semelhante aos US$ 650 dos americanos e cerca de R$ 2.660. Presentear parentes e amigos é uma maneira de expressar afeição e preocupação em agradar com uma escolha certa.

“No entanto, pode ter um efeito negativo nos sentimentos de quem o recebe se é oposto aos seus interesses, gostos, sensibilidade, uma clara demonstração que o outro não o conhece, apesar dos anos de convivência”, disse Elizabeth Dunn, professora de psicologia da Universidade de British Columbia, no Canadá, e coautora do livro Happy Money: The Science of Happier Spending.

Pesquisas indicam que nem sempre um presente caro é o mais adequado. Muitas vezes, uma lembrança simples tem um valor sentimental maior para quem a recebe, ou é algo que se pode aproveitar por mais tempo.

“As pessoas em geral não associam o preço a um presente que recebem e que lhes dá prazer”, observou Jeff Galak, professor de marketing da Carnegie Mellon Tepper School of Business, em Pittsburgh, EUA.

Na hora da escolha do presente, Galak sugere que se pense no momento de entregá-lo e ver o sorriso de um amigo ou de um parente ao abri-lo, uma ideia que ele e seus colegas Julian Givi e Elanor Williams desenvolveram no artigo Why Certains Gifts Are Great to Give publicado na revista científica Current Direction in Psychological Science.

De acordo com Dunn, no momento da escolha do presente as pessoas devem pensar nos pontos que têm em comum com quem vai recebê-lo e o que comprariam para si mesmas. “Com esse enfoque pessoal, a possibilidade de erro na escolha é bem menor”, acrescentou.

“É possível também perguntar às pessoas o que elas querem, apesar de muitos preferirem a surpresa, o fato de imaginar o que pode estar dentro da caixa, por exemplo”, disse Galak.

Ao longo de suas pesquisas, poucas vezes Galak ouviu reclamações de pessoas a quem um presente havia desagradado profundamente. “Há sempre certa empatia entre pessoas próximas”, afirmou.BBC

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