Sensibilidade auditiva : É uma característica antiga na evolução humana
Os pequenos ossos do ouvido do Australopithecus africanus já mostraram características humanas modernas
Nossos primeiros antepassados possuíam ossos no ouvido internos, muito semelhantes aos dos humanos modernos, pesquisadores relataram recentemente. A descoberta sugere que a sensibilidade auditiva é uma das características mais antigas da evolução humana.
Tais mudanças podem ter tido um profundo efeito não apenas sobre o que esses hominídeos podiam ouvir, mas também sobre como eles se comunicavam.
Paleoantropólogos da Universidade de Binghamton, Nova York, analisaram os pequenos ossos do ouvido médio de dois hominídeos da África do Sul, o Paranthropus robustus (que viveu há 1,8 milhões de anos) e o Australopithecus africanus (que viveu entre 3,3 e 2,1 milhões de anos atrás). Enquanto alguns dos ossos eram semelhantes aos dos chimpanzés, ambas as amostras tinham o martelo, um osso ligado ao tímpano, semelhante ao dos humanos modernos.
"Isso significa que o osso foi algo herdado de seu último ancestral comum", que era o chimpanzé, "o que indica que, provavelmente, ele apareceu muito cedo na linhagem evolutiva humana", disse Rolf M. Quam, professor assistente de antropologia em Binghamton. "Isso pode ter sido um dos primeiros recursos humanos a surgir." A pesquisa foi publicada na semana passada no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os seres humanos são conhecidos por terem um alcance auditivo distinto entre os primatas, em particular sua sensibilidade, que varia entre 2 e 4 kHz. Além disso, estudos anteriores demonstraram que a forma e o tamanho dos ossos do ouvido médio realmente interferem no que os primatas podem ouvir.
No entanto, "é difícil dizer muita coisa sobre a audição" a partir de um único osso, disse Quam. "Tudo o que posso dizer é que estes ossos são condizentes com um padrão de audição um pouco diferente", acrescentou.
Mais estudos serão necessários para determinar se os hominídeos realmente tinham uma audição que pode ter ajudado os humanos modernos.The New York Times
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