TECNOLOGIA AVIÕES

Câmeras em assentos de aviões ameaçam a privacidade?

Câmeras funcionam apenas com o consentimento do passageiro (Foto: Reprodução/Panasonic)

Após comentários nas redes sociais sobre ameaça das câmeras instaladas nos assentos dos aviões à privacidade dos passageiros, David Bartlett, diretor de tecnologia da Panasonic Avionics, deu uma entrevista à CNN Travel, na qual afirmou que a falta de informações concretas sobre a nova tecnologia provocaram uma onda de protestos sem fundamento.

No início deste ano, Vitaly Kamluk, especialista em segurança na área de tecnologia da informação, postou várias mensagens no Twitter questionando o uso das câmeras. Diante das trocas de mensagens entre os usuários do Twitter e de outras redes sociais, diversas companhias aéreas comunicaram aos seus passageiros que as câmeras só seriam ativadas com o consentimento deles.

“Entendo a preocupação das pessoas no que se refere à possível ameaça à privacidade delas, mas acredito que os benefícios das câmeras para o conforto dos passageiros superarão essa desconfiança”, disse Bartlett.

“As câmeras proporcionarão mais opções ao sistema de entretenimento a bordo, como videoconferência e contato com comissárias de bordo sem se levantar do assento. Os passageiros também poderão testar produtos do duty-free, como óculos e maquiagem”, acrescentou Bartlett.

Após as reações iniciais, passageiros de diversas companhias aéreas disseram à CNN Travel que estavam preocupados com a falta de transparência das empresas. Por sua vez, especialistas em segurança cibernética sugeriram a possibilidade de as câmeras serem violadas por hackers.

Mas Bartlett refutou essa hipótese. “O sistema das câmeras foi projetado para garantir o máximo de segurança possível. Além disso, a equipe de tecnologia da informação da Panasonic Avionics é extremamente competente. Nunca tivemos um caso de violação de sistemas eletrônicos”, disse Bartlett.

Segundo Kamluk, apesar de as companhias aéreas afirmarem que as câmeras só seriam ativadas com o consentimento dos passageiros, as pessoas se sentiriam mais confiantes se tivessem controle sobre sua privacidade. “Um simples interruptor para ligar e desligar câmeras e microfones daria mais tranquilidade aos passageiros”, explica Kamluk.

Questionado por que as câmeras ainda estavam em fase de testes, Bartlett respondeu que a empresa ainda não fizera uma campanha agressiva de marketing, porque alguns detalhes técnicos e dispositivos adicionais estavam sendo desenvolvidos.

“Assim que estivermos prontos para lançar as câmeras no mercado, a Panasonic fornecerá instruções detalhadas sobre o uso dos equipamentos e dará o apoio necessário durante o período de instalação”, observou Bartlett.

Ainda segundo Bartlett, não há perigo de violação do direito de privacidade dos passageiros. “As mensagens nas redes sociais não se basearam em fatos concretos e surtiram efeito porque tocaram em um ponto muito sensível das pessoas, o medo de serem vigiadas”, explica o diretor de tecnologia da Panasonic.CNN

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