EUA ECONOMIA

Fed inicia reunião com preocupação por persistente queda da inflação nos EUA

EFE/Michael Reynolds

O Federal Reserve (Fed) começou nesta terça-feira uma nova reunião de política monetária, com um possível esfriamento do ritmo de aumento das taxas de juros devido às crescentes dúvidas sobre a persistente baixa inflação nos Estados Unidos.

O encontro de dois dias do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), órgão do banco central americano que dirige a política monetária, terminará com a divulgação, amanhã (às 15h de Brasília), de seu comunicado final.

Os analistas do mercado concordam que o Fed manterá os juros no atual patamar, de entre 1% e 1,25%.

Todas as atenções estarão voltadas às menções à inflação nos EUA, que nos últimos meses tem ficado abaixo da meta anual do Fed, que é de 2%. Em junho, o índice de preços interanual foi de 1,6%, abaixo das marcas de maio (1,9%) e abril (2,2%).

Esta desaceleração gerou preocupação e incômodo entre os membros do Fed, especialmente quando a taxa de desemprego está em seu menor nível em quase duas décadas (4,4%), próxima do pleno emprego.

Tanto os preços como os salários não estão respondendo com uma tendência de aumento como era de se esperar em um entorno de pleno emprego, o que pode piorar ainda mais com novos aumentos dos juros.

Por isso, os analistas consideram que o Fed poderia retardar seu plano de gradual elevação dos juros para aguardar indicadores mais sólidos de aumento na atividade econômica e dos preços.

Desta vez, não haverá coletiva de imprensa da presidente do banco central americano, Janet Yellen.

Há duas semanas, em um pronunciamento ao Congresso, Yellen afirmou que ainda é "prematuro" julgar que a fragilidade dos preços seja estrutural, mas reconheceu que "pode haver algo mais" que quedas de preços em setores concretos.

A estas dúvidas se somou a recente diminuição das previsões de crescimento para os EUA diante da falta de detalhes sobre os prometidos planos de estímulo fiscal por parte do presidente Donald Trump.

No seu recente relatório sobre a economia dos EUA, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu as previsões de crescimento para 2,1% em 2017 e 2018. As estimativas feitas três meses antes foram de 2,3% e 2,5%, respectivamente.EFE

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