IMPASSE NO GOLFO
Emirados Árabes orquestraram isolamento do Catar, diz jornal
Os falsos comentários foram postados em 24 de maio (Foto: Twitter)
Os Emirados Árabes Unidos (EAU) orquestraram o ataque cibernético que hackeou sites oficiais e redes sociais do governo do Catar no intuito de postar nestes veículos frases falsas e extremamente polêmicas atribuídas ao emir catari, o xeque Tamim Bin Hamad al-Thani. O ataque, orquestrado em maio, foi responsável pelo atual impasse entre o Catar e seus vizinhos do Golfo Pérsico.
Segundo um artigo publicado no último domingo, 16, no jornal Washington Post, a conclusão é de órgãos de inteligência dos EUA. De acordo com o jornal, na semana passada, novas informações reunidas por agências de inteligência americanas revelaram que, em 23 de maio, membros do alto escalão do governo dos EAU discutiram o plano e sua implementação. Segundo os agentes, não está claro se os EAU promoveram o ataque ou contrataram alguém para fazê-lo.
Entre outras coisas, os falsos comentários postados mostravam al-Thani exaltando o Hamas e chamando o Irã de “potência islâmica”. Os falsos comentários foram postados em 24 de maio, pouco depois do presidente dos EUA, Donald Trump, completar uma série de encontros oficiais com líderes do Golfo Pérsico na Arábia Saudita para discutir o combate ao terrorismo e declarar os países unidos em relação ao tema.
Após os comentários serem postados na mídia catari, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Egito, Iêmen e Líbia romperam as relações com o Catar, impondo um embargo diplomático que isolou o país. Eles também proibiram a mídia catari de ser veiculada em seus países.
Liderados pela Arábia Saudita, os seis países justificaram o embargo acusando o Catar de apoiar e financiar organizações terroristas. Posteriormente, eles divulgaram uma lista de exigências para suspender o bloqueio, sendo a mais polêmica exigência o fechamento da rede Al Jazeera, a maior rede de jornalismo do mundo árabe. O Catar passou a acusar o embargo de ser uma tentativa dos governos autocráticos do Golfo Pérsico de minar a agenda liberal catari.
No domingo, o embaixador dos EAU nos Estados Unidos, Yousef al-Otaiba, classificou de “falsas” as afirmações veiculadas no Post. “Os EAU não têm qualquer papel no suposto ataque hacker descrito no artigo. A verdade trata-se do comportamento do Catar. Financiando, apoiando e capacitando extremistas do Talibã ao Hamas e Khadafi (Muamar Khadafi, ditador líbio, morto em 2011 pelos EUA). Incitando a violência, encorajando a radicalização e minando a estabilidade de seus vizinhos”, disse al-Otaiba.
Nesta segunda-feira, 17, o ministro das Relações Exteriores dos EAU, Anwar Gargash, também se manifestou contra o artigo do Post e negou o envolvimento de seu país no suposto ataque orquestrado. “A história no Washington Post não é verdadeira. É simplesmente falsa”, disse o ministro.The Washington Post
Os falsos comentários foram postados em 24 de maio (Foto: Twitter)
Os Emirados Árabes Unidos (EAU) orquestraram o ataque cibernético que hackeou sites oficiais e redes sociais do governo do Catar no intuito de postar nestes veículos frases falsas e extremamente polêmicas atribuídas ao emir catari, o xeque Tamim Bin Hamad al-Thani. O ataque, orquestrado em maio, foi responsável pelo atual impasse entre o Catar e seus vizinhos do Golfo Pérsico.
Segundo um artigo publicado no último domingo, 16, no jornal Washington Post, a conclusão é de órgãos de inteligência dos EUA. De acordo com o jornal, na semana passada, novas informações reunidas por agências de inteligência americanas revelaram que, em 23 de maio, membros do alto escalão do governo dos EAU discutiram o plano e sua implementação. Segundo os agentes, não está claro se os EAU promoveram o ataque ou contrataram alguém para fazê-lo.
Entre outras coisas, os falsos comentários postados mostravam al-Thani exaltando o Hamas e chamando o Irã de “potência islâmica”. Os falsos comentários foram postados em 24 de maio, pouco depois do presidente dos EUA, Donald Trump, completar uma série de encontros oficiais com líderes do Golfo Pérsico na Arábia Saudita para discutir o combate ao terrorismo e declarar os países unidos em relação ao tema.
Após os comentários serem postados na mídia catari, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Egito, Iêmen e Líbia romperam as relações com o Catar, impondo um embargo diplomático que isolou o país. Eles também proibiram a mídia catari de ser veiculada em seus países.
Liderados pela Arábia Saudita, os seis países justificaram o embargo acusando o Catar de apoiar e financiar organizações terroristas. Posteriormente, eles divulgaram uma lista de exigências para suspender o bloqueio, sendo a mais polêmica exigência o fechamento da rede Al Jazeera, a maior rede de jornalismo do mundo árabe. O Catar passou a acusar o embargo de ser uma tentativa dos governos autocráticos do Golfo Pérsico de minar a agenda liberal catari.
No domingo, o embaixador dos EAU nos Estados Unidos, Yousef al-Otaiba, classificou de “falsas” as afirmações veiculadas no Post. “Os EAU não têm qualquer papel no suposto ataque hacker descrito no artigo. A verdade trata-se do comportamento do Catar. Financiando, apoiando e capacitando extremistas do Talibã ao Hamas e Khadafi (Muamar Khadafi, ditador líbio, morto em 2011 pelos EUA). Incitando a violência, encorajando a radicalização e minando a estabilidade de seus vizinhos”, disse al-Otaiba.
Nesta segunda-feira, 17, o ministro das Relações Exteriores dos EAU, Anwar Gargash, também se manifestou contra o artigo do Post e negou o envolvimento de seu país no suposto ataque orquestrado. “A história no Washington Post não é verdadeira. É simplesmente falsa”, disse o ministro.The Washington Post
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