TECNOLOGIA EDUCACIONAL
O principal é saber como usar a tecnologia educacional (Foto: Flickr/tcoffey)
Em 1953, o psicólogo comportamental americano B.F. Skinner visitou a escola de sua filha e presenciou uma aula de matemática. Nela, ele viu o professor ensinar aos alunos o mesmo tópico, da mesma forma e na mesma velocidade. Dias depois da experiência, Skinner criou sua primeira máquina de ensinar: um aparelho que permitia à criança aprender em seu próprio ritmo, completando tantos problemas quanto lhe for possível durante a hora de aula.
Desde então, a tecnologia educacional passou por altos e baixos. Um dos motivos foi o conservadorismo por parte dos professores; outro foi o ceticismo em relação aos benefícios da tecnologia educacional.
Porém, atualmente, entusiastas de Skinner estão mudando esta perspectiva. Entre eles, estão os magnatas da tecnologia Mark Zuckerberg e Bill Gates, que apoiam escolas ao redor do mundo a usarem a tecnologia para personalizar o ensino, o que pode ajudar centenas de milhares de estudantes “presos” em salas de aulas sombrias. Porém, isso somente será possível se a tecnologia for usada a serviço do ensino, não o contrário.
O modelo de ensino convencional foi criado na Prússia, no século XVIII. O método consiste em salas de aulas, grupos hierárquicos formados conforme a faixa etária (as chamadas séries escolares), base curricular padronizada e horário fixo. Tais normas até hoje regem as cerca de 1,5 bilhão de crianças em idade escolar ao redor do mundo.
No entanto, muitas delas não conseguem aproveitar completamente seu potencial. Em países pobres, por exemplo, apenas um quarto dos estudantes de ensino médio domina o conhecimento básico das operações matemáticas, da leitura e das ciências. Nos países ricos, segundo a OCDE, cerca de 30% dos estudantes falham em alcançar o domínio em pelo menos uma dessas disciplinas.
Essa situação permaneceu a mesma nos últimos 15 anos, período em que bilhões de dólares foram gastos para aprimorar a tecnologia educacional e mudar esse cenário. Até 2012, já havia um computador para cada dois alunos em vários países ricos. Na Austrália, há mais computadores que alunos disponíveis nas escolas.
Mas o principal é saber como usar a tecnologia educacional. Uma forma é promover o ensino personalizado. Desde que o rei Filipe II da Macedônia contratou Aristóteles para preparar seu filho, Alexandre, para a futura grandiosidade, pais ricos de toda a parte do mundo passaram a pagar por tutores particulares. De São Paulo a Estocolmo, entusiastas da reformulação do ensino afirmam que a tecnologia educacional pode colocar a atenção individual ao alcance de todos os estudantes.
Outra maneira da tecnologia educacional aprimorar as escolas é tornando-as mais produtivas. Na Califórnia, por exemplo, as escolas passaram usar softwares para aprimorar o ensino convencional. Em vez de livros didáticos, os alunos têm playlists usadas para acessar aulas e realizar testes de aprendizado. O software analisa o progresso dos estudantes, dando ao professor um vislumbre sobre a situação de cada aluno. Um estudo de 2015 sugeriu que as crianças beneficiadas por este modelo pioneiro de ensino apresentaram melhores resultados em testes do que outras atendidas pelo modelo convencional.The Economist
Em 1953, o psicólogo comportamental americano B.F. Skinner visitou a escola de sua filha e presenciou uma aula de matemática. Nela, ele viu o professor ensinar aos alunos o mesmo tópico, da mesma forma e na mesma velocidade. Dias depois da experiência, Skinner criou sua primeira máquina de ensinar: um aparelho que permitia à criança aprender em seu próprio ritmo, completando tantos problemas quanto lhe for possível durante a hora de aula.
Desde então, a tecnologia educacional passou por altos e baixos. Um dos motivos foi o conservadorismo por parte dos professores; outro foi o ceticismo em relação aos benefícios da tecnologia educacional.
Porém, atualmente, entusiastas de Skinner estão mudando esta perspectiva. Entre eles, estão os magnatas da tecnologia Mark Zuckerberg e Bill Gates, que apoiam escolas ao redor do mundo a usarem a tecnologia para personalizar o ensino, o que pode ajudar centenas de milhares de estudantes “presos” em salas de aulas sombrias. Porém, isso somente será possível se a tecnologia for usada a serviço do ensino, não o contrário.
O modelo de ensino convencional foi criado na Prússia, no século XVIII. O método consiste em salas de aulas, grupos hierárquicos formados conforme a faixa etária (as chamadas séries escolares), base curricular padronizada e horário fixo. Tais normas até hoje regem as cerca de 1,5 bilhão de crianças em idade escolar ao redor do mundo.
No entanto, muitas delas não conseguem aproveitar completamente seu potencial. Em países pobres, por exemplo, apenas um quarto dos estudantes de ensino médio domina o conhecimento básico das operações matemáticas, da leitura e das ciências. Nos países ricos, segundo a OCDE, cerca de 30% dos estudantes falham em alcançar o domínio em pelo menos uma dessas disciplinas.
Essa situação permaneceu a mesma nos últimos 15 anos, período em que bilhões de dólares foram gastos para aprimorar a tecnologia educacional e mudar esse cenário. Até 2012, já havia um computador para cada dois alunos em vários países ricos. Na Austrália, há mais computadores que alunos disponíveis nas escolas.
Mas o principal é saber como usar a tecnologia educacional. Uma forma é promover o ensino personalizado. Desde que o rei Filipe II da Macedônia contratou Aristóteles para preparar seu filho, Alexandre, para a futura grandiosidade, pais ricos de toda a parte do mundo passaram a pagar por tutores particulares. De São Paulo a Estocolmo, entusiastas da reformulação do ensino afirmam que a tecnologia educacional pode colocar a atenção individual ao alcance de todos os estudantes.
Outra maneira da tecnologia educacional aprimorar as escolas é tornando-as mais produtivas. Na Califórnia, por exemplo, as escolas passaram usar softwares para aprimorar o ensino convencional. Em vez de livros didáticos, os alunos têm playlists usadas para acessar aulas e realizar testes de aprendizado. O software analisa o progresso dos estudantes, dando ao professor um vislumbre sobre a situação de cada aluno. Um estudo de 2015 sugeriu que as crianças beneficiadas por este modelo pioneiro de ensino apresentaram melhores resultados em testes do que outras atendidas pelo modelo convencional.The Economist
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