CUBA / EUA
Cuba pedirá fechamento de base naval dos EUA em evento em Guantánamo
EFE/JOHN RILEY
Cuba exigirá o fechamento definitivo da "ilegal" base naval que os Estados Unidos mantêm no território de Guantánamo, no leste da ilha, durante a quinta edição de um evento internacional que acontecerá entre os dias 4 e 6 de maio, a cerca de 30 quilômetros do território militar americano.
O 5º Seminário Internacional de Paz e pela Abolição das Bases Militares Estrangeiras contará com a presença de cerca de 200 ativistas de 25 países, entre os quais se destaca a delegação americana, a maior do evento, com 60 integrantes confirmados, disse nesta terça-feira o presidente do Movimento Cubano pela Paz (Movpaz), Silvio Platero.
Entre as personalidades que devem participar do Seminário estão a presidente do Conselho Mundial de Paz, Socorro Gomes e a coronel reformada Ann Wright, uma das principais vozes do ativismo pela paz nos EUA, que chegará junto com representantes do grupo feminino Code Pink.
Além disso, Platero ressaltou a presença de pacifistas de Okinawa, no Japão, território onde os EUA têm várias instalações militares e onde "organizações sociais e o povo impediram a criação de uma nova base americana".
"A presença de bases militares estrangeiras no mundo cresceu, portanto estamos no momento do agora 'ou nunca', quando temos que exigir com mais força seu fechamento", disse Platero à imprensa, ao reforçar que Guantánamo é a instalação militar mais antiga que os Estados Unidos mantêm em solo estrangeiro.
O ativista cubano detalhou que Cuba "não cobrou nem um único centavo pela base de Guantánamo desde 1960 por uma questão de princípios" e chamou a atenção para a singularidade de que "tanto o governo como o povo são contrários a sua presença na ilha".
Platero acrescentou que os organizadores decidiram mudar a data do evento de novembro para maio pelo "interesse de muitos dos participantes de comparecer à marcha pelo Dia dos Trabalhadores em Havana", de onde se deslocarão até a porção mais oriental da ilha caribenha.
A maioria das atividades do Seminário acontecerá na cidade de Guantánamo, a capital da província de mesmo nome - a cerca de 30 quilômetros da base - e, no último dia, os participantes se deslocarão até o povoado de Caimanera, a comunidade cubana mais próxima do enclave americano.
Nessa localidade, normalmente fora dos limites para o público por causa de sua periculosidade, será lida a Declaração Final com um gesto de "firme denúncia", indicou o presidente do Movpaz cubano.
Para Cuba, a ocupação "ilegal" de Guantánamo pelos EUA e o embargo em vigor são os maiores empecilhos no novo período de normalização vivido atualmente pelos dois países, após o restabelecimento de relações diplomáticas em julho de 2015.
A Base Naval de Guantánamo foi estabelecida quando os Estados Unidos ocuparam Cuba após derrotarem o exército espanhol na Guerra Hispano-Americana (1898) e ficou estabelecida por um convênio bilateral assinado em 1903, que deu poder aos EUA de arrendar o território pelo tempo que fosse necessário.EFE
EFE/JOHN RILEY
Cuba exigirá o fechamento definitivo da "ilegal" base naval que os Estados Unidos mantêm no território de Guantánamo, no leste da ilha, durante a quinta edição de um evento internacional que acontecerá entre os dias 4 e 6 de maio, a cerca de 30 quilômetros do território militar americano.
O 5º Seminário Internacional de Paz e pela Abolição das Bases Militares Estrangeiras contará com a presença de cerca de 200 ativistas de 25 países, entre os quais se destaca a delegação americana, a maior do evento, com 60 integrantes confirmados, disse nesta terça-feira o presidente do Movimento Cubano pela Paz (Movpaz), Silvio Platero.
Entre as personalidades que devem participar do Seminário estão a presidente do Conselho Mundial de Paz, Socorro Gomes e a coronel reformada Ann Wright, uma das principais vozes do ativismo pela paz nos EUA, que chegará junto com representantes do grupo feminino Code Pink.
Além disso, Platero ressaltou a presença de pacifistas de Okinawa, no Japão, território onde os EUA têm várias instalações militares e onde "organizações sociais e o povo impediram a criação de uma nova base americana".
"A presença de bases militares estrangeiras no mundo cresceu, portanto estamos no momento do agora 'ou nunca', quando temos que exigir com mais força seu fechamento", disse Platero à imprensa, ao reforçar que Guantánamo é a instalação militar mais antiga que os Estados Unidos mantêm em solo estrangeiro.
O ativista cubano detalhou que Cuba "não cobrou nem um único centavo pela base de Guantánamo desde 1960 por uma questão de princípios" e chamou a atenção para a singularidade de que "tanto o governo como o povo são contrários a sua presença na ilha".
Platero acrescentou que os organizadores decidiram mudar a data do evento de novembro para maio pelo "interesse de muitos dos participantes de comparecer à marcha pelo Dia dos Trabalhadores em Havana", de onde se deslocarão até a porção mais oriental da ilha caribenha.
A maioria das atividades do Seminário acontecerá na cidade de Guantánamo, a capital da província de mesmo nome - a cerca de 30 quilômetros da base - e, no último dia, os participantes se deslocarão até o povoado de Caimanera, a comunidade cubana mais próxima do enclave americano.
Nessa localidade, normalmente fora dos limites para o público por causa de sua periculosidade, será lida a Declaração Final com um gesto de "firme denúncia", indicou o presidente do Movpaz cubano.
Para Cuba, a ocupação "ilegal" de Guantánamo pelos EUA e o embargo em vigor são os maiores empecilhos no novo período de normalização vivido atualmente pelos dois países, após o restabelecimento de relações diplomáticas em julho de 2015.
A Base Naval de Guantánamo foi estabelecida quando os Estados Unidos ocuparam Cuba após derrotarem o exército espanhol na Guerra Hispano-Americana (1898) e ficou estabelecida por um convênio bilateral assinado em 1903, que deu poder aos EUA de arrendar o território pelo tempo que fosse necessário.EFE
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