DOCUMENTOS HISTÓRICOS

Arquivos do Holocausto serão abertos ao público pela 1ª vez

Antes os documentos estavam guardados na Comissão de Crimes de Guerra da Organização das Nações Unidas (Foto: Pixabay)

Até hoje muitas famílias desconhecem o destino de seus parentes durante o Holocausto. Mas essa história pode mudar. Nesta semana, pela primeira vez, inúmeros documentos sobre o Holocausto foram abertos ao público. Antes eles estavam guardados na Comissão de Crimes de Guerra da Organização das Nações Unidas.

O catálogo dos documentos vai estar online e também estará disponível na biblioteca de Wiener, em Londres, na Inglaterra. A abertura do arquivo coincide com o lançamento de “Human Rights after Hitler: The Lost History of Prosecuting Axis War Crimes” de Dan Plesch, pesquisador que vem trabalhando nestes documentos há uma década. Até agora, apenas pesquisadores autorizados por seus governos e pelas Nações Unidas podiam consultar os aquivos. No entanto, eles não podiam fazer anotações nem cópias.

A Comissão de Crimes foi criada em outubro de 1943. Sua missão era reunir as informações necessárias para depois encontrar, prender e julgar as pessoas acusadas de crimes de guerra. De acordo com dados da ONU, essa comissão teve a sua primeira reunião oficial em 11 de janeiro de 1944 e foi extinta em março de 1948. Desses anos ficou uma vasta documentação, incluindo lista de criminosos, suspeitos e testemunhas até correspondência trocada, passando por transcrições e relatórios.

Segundo o jornal Guardian, os arquivos indicam que os primeiros pedidos de justiça vieram de países que já haviam sido invadidos, como Polônia e China, em vez da Inglaterra, dos Estados Unidos e da Rússia, que coordenaram os tribunais de Nuremberg.

Os arquivos também relatam em detalhes campos de concentração como Auschwitz e Treblinka. A biblioteca de Wiener foi fundada em Amsterdã, em 1934, por Alfred Wiener para monitorar o antissemitismo nazista. Ele enviou sua coleção para Londres na véspera da Segunda Guerra Mundial, e trabalhou para o governo britânico para informar autoridades sobre o regime de Hitler e fornecer evidências para os tribunais de Nuremberg.

“Este é um grande recurso para combater a negação do Holocausto. As autoridades nacionais da Alemanha nunca tiveram acesso ao arquivo pelos aliados depois da guerra”, disse Plesch.The Guardian

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