MEIO AMBIENTE- O rio que desapareceu no Canadá
Antigo leito do rio Slims (Foto: Jim Best/ Universidade de Illinois)
Quando ocorre o degelo da geleira Kaskawulsh, um rio imenso do noroeste do Canadá é alimentado, ou pelo menos era assim até maio do ano passado. O rio Slims desapareceu em apenas quatro dias.
Um estudo sobre o caso, liderado pelo geocientista Dan Shugar da Univesidade de Washington Tacoma, nos Estados Unidos, foi publicado na revista Nature Geoscience. Segundo Shugar, o que ocorreu tem relação com as mudanças climáticas.
Durante a primavera do ano passado, o derretimento da geleira foi intenso. Em condições normais, a água do degelo iria para o norte, alimentando o rio Slims, que se une ao rio Yukón e desemboca no mar de Bering. No entanto, em maio, a água foi para o sul, alimentando o rio Alsek, que desemboca no Oceano Pacífico.
O desvio repentino de um leito de rio até outro curso d’água é chamado de pirataria fluvial. Isso pode ocorrer ao longo de milhares de anos pela erosão, por causa de movimentos da crosta terrestre ou de deslizamentos de terras. Mas, segundo o pesquisador, as mudanças climáticas foram responsáveis pelo que ocorreu no Canadá, já que a água do degelo criou um novo canal e desviou seu curso, indo parar a milhares de quilômetros de seu destino original.
Segundo Shugar, essa é a primeira vez que se registra um caso de pirataria fluvial na atualidade. É possível encontrar registros geológicos do fenômeno há milhões de anos, mas não no século XXI.
No leito do Slims, onde antes havia água, agora cresce pasto. Enquanto isso, o rio Alsek tornou-se entre 60 a 70 vezes maior do que costuma ser e tem uma vazão muito maior.
A mudança pode gerar profundas consequências nos ecossistemas naturais da região. Apesar de os arredores do rio Slims não serem muito habitados, a pirataria fluvial pode chegar a afetar o abastecimento de água na região. Segundo o pesquisador, as mudanças climáticas podem causar mais eventos como este em regiões como Andes e Alasca.BBC
Quando ocorre o degelo da geleira Kaskawulsh, um rio imenso do noroeste do Canadá é alimentado, ou pelo menos era assim até maio do ano passado. O rio Slims desapareceu em apenas quatro dias.
Um estudo sobre o caso, liderado pelo geocientista Dan Shugar da Univesidade de Washington Tacoma, nos Estados Unidos, foi publicado na revista Nature Geoscience. Segundo Shugar, o que ocorreu tem relação com as mudanças climáticas.
Durante a primavera do ano passado, o derretimento da geleira foi intenso. Em condições normais, a água do degelo iria para o norte, alimentando o rio Slims, que se une ao rio Yukón e desemboca no mar de Bering. No entanto, em maio, a água foi para o sul, alimentando o rio Alsek, que desemboca no Oceano Pacífico.
O desvio repentino de um leito de rio até outro curso d’água é chamado de pirataria fluvial. Isso pode ocorrer ao longo de milhares de anos pela erosão, por causa de movimentos da crosta terrestre ou de deslizamentos de terras. Mas, segundo o pesquisador, as mudanças climáticas foram responsáveis pelo que ocorreu no Canadá, já que a água do degelo criou um novo canal e desviou seu curso, indo parar a milhares de quilômetros de seu destino original.
Segundo Shugar, essa é a primeira vez que se registra um caso de pirataria fluvial na atualidade. É possível encontrar registros geológicos do fenômeno há milhões de anos, mas não no século XXI.
No leito do Slims, onde antes havia água, agora cresce pasto. Enquanto isso, o rio Alsek tornou-se entre 60 a 70 vezes maior do que costuma ser e tem uma vazão muito maior.
A mudança pode gerar profundas consequências nos ecossistemas naturais da região. Apesar de os arredores do rio Slims não serem muito habitados, a pirataria fluvial pode chegar a afetar o abastecimento de água na região. Segundo o pesquisador, as mudanças climáticas podem causar mais eventos como este em regiões como Andes e Alasca.BBC
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