O tempo realmente existe?

Você acordou hoje com o despertador. Chegou a hora de almoçar. Depois veio a hora de trabalhar. E, por fim, o delicioso momento de voltar para a casa chega. Parece que tudo ao nosso redor está relacionado ao tempo. Mas que tempo é esse que nos referimos? É o mesmo que os físicos consideram?


Ao longo dos anos, a noção de tempo tem mudado. Realmente precisamos dessa noção para descrevermos certas características do mundo físico. Por exemplo: a luz “caminha” na imensa velocidade de 300.000 km/s, o seu coração tem aproximadamente 75 batimentos por minuto e o nosso planeta faz seu movimento de rotação a cada 24 horas. Percebe como tudo está carregado com a noção do tempo? Mas poderíamos mudar isso sem fazer relação direta com ele. Poderíamos convergir tudo ao batimento cardíaco dizendo que a Terra faz seu movimento de rotação em 108.000 batimentos e que a luz viaja a 240.000 km por batimento. Acabei com o tempo? Não, simplesmente substituí a noção por outras "moeda".

Mas algo que sempre me intrigou foi o seguinte: Quem determinou que uma hora deve ter 60 minutos e que um minuto deve ter 60 segundos? Sim, há uma explicação física para as escolhas dessa nossa noção do tempo. Mas o tempo em si não tem existência independente. Ele é simplesmente nossa moeda corrente.

Digamos que a moeda corrente não fosse baseada em notas de reais, mas sim em xícaras de café. Imagine que você vá comprar seu tênis, sapato, carro ou qualquer outra coisa. No momento exato da compra você pagaria em xícaras de café. Essa seria a mudança. Você substituiu simplesmente a moeda. O mesmo se dá com o tempo. A noção que temos dele simplesmente deixa tudo mais fácil (e cômodo!) para nós.

Em um futuro artigo, vamos considerar como nosso cérebro funciona e como ele reconhece a passagem do tempo.


Bibliografia: Introducing Time. Craig Callender. Totem Books, 2005, Scientific American, Enigmas do Espaço – Tempo

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