Seu cérebro… seu tempo

No artigo anterior, vimos como o tempo pode ser considerado apenas como nossa moeda corrente. Longe de querermos explica-lo aqui, o que nos resta é vivermos de acordo com o que é socialmente aceito. Afinal, a humanidade coordena suas atividades com um simples e único padrão (ou a famosa “moeda” já considerada) para medir a passagem do tempo – o raiar e pôr do sol.


Nosso corpo possui um relógio biológico que está ajustado entre essa passagem de luz e escuridão. O cientista Antonio Damasio, professor de neurociência e diretor do Instituto do Cérebro e Criatividade do Sul da Califórnia, chama essa capacidade de “tempo corporal”.

Mais interessante do que o tempo corporal é o que ele chama de “tempo mental”. Esse último está ligado com o como percebemos a passagem do tempo e organizamos tudo cronologicamente. Tem a ver com a maneira de como registramos os eventos do cotidiano e como reagimos a ele.

Estudos de neurocientistas revelam que pessoas que sofrem de traumas em regiões cerebrais relacionadas à lembrança de acontecimentos novos têm dificuldades em organizar eventos passados. Essas pessoas tem sérios problemas em perceber a passagem do tempo em escala de horas, meses, anos ou décadas. Porém, seu relógio biológico na maioria das vezes permanece intacto. Isso revela que os estudos de Antonio Damasio estão corretos a passagem do tempo é vista de modo diferente para cada um de nós.

É por causa disso que existe a sensação de o tempo “passar mais rápido” na praia e “mais devagar” em uma prova de cálculo. Quer uma dica? Tente enganar seu cérebro fingindo que está no mar do Caribe enquanto faz uma prova. Você não vai conseguir, mas não custa tentar!


Bibliografia: Time Perception: Brain time or event time? – Alan Johnston e Shin’ya, 2001

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